
22 de outubro de 2020 | 17h20
Depois de liberar o retorno das escolas da capital paulista apenas para atividades extracurriculares, como de idiomas, música e esportes, a Prefeitura de São Paulo autorizou nesta quinta-feira, 22, a volta das aulas presenciais para o ensino médio nas redes públicas e particulares a partir do dia 3 de novembro. As demais etapas de ensino (educação infantil e ensino fundamental) continuam autorizadas a oferecer apenas atividades extracurriculares.
A Prefeitura já havia comunicado que a retomada seria de forma gradual. Para o ensino médio, não haverá limite de porcentagem de alunos nas escolas. As outras séries seguem com limite de 20% dos estudantes por dia. A abertura será obrigatória para as nove escolas de ensino médio da rede municipal - mas a decisão de mandar os filhos para a escola cabe aos pais. A adesão às atividades extracurriculares também continua sendo voluntária.
Diante das novidades, o Estadão preparou um guia para tirar as dúvidas de pais e responsáveis sobre a volta às aulas.
Escolas públicas (estaduais e municipais) e particulares da capital paulista que têm alunos de ensino médio poderão abrir para dar aulas regulares (Português, Matemática e outras disciplinas) apenas para estudantes dessa etapa de ensino a partir de 3 de novembro. Já os alunos da educação infantil e ensino fundamental, tanto da rede pública quanto privada, só poderão ter atividades extracurriculares nas escolas.
Só 9 escolas da rede municipal de São Paulo têm ensino médio. Ou seja, na rede municipal, a decisão do prefeito Bruno Covas de liberar as aulas no ensino médio terá pouco impacto. Com a liberação, as escolas estaduais da capital que até agora só podiam oferecer atividades extracurriculares passam a ter liberação para dar aulas no ensino médio. O mesmo ocorre com as escolas particulares.
São as atividades que estão fora grade regular obrigatória, como aulas de idiomas, música, teatro, culinária e circo. As escolas também podem oferecer atividades de reforço escolar e acolhimento emocional aos estudantes.
As escolas da capital já haviam sido liberadas para receber os alunos para realizar atividades extracurriculares a partir do dia 7 de outubro. Para aulas regulares, o retorno foi autorizado apenas para o ensino médio a partir do dia 3 de novembro. No dia 19 de novembro, a Prefeitura deve anunciar novas etapas da reabertura das escolas.
Segundo a Prefeitura, as nove escolas municipais que têm ensino médio serão abertas obrigatoriamente e os professores que já têm anticorpos contra a doença serão convocados. Mas o sindicato que representa os professores da rede municipal orienta que os conselhos dessas escolas decidam pela não reabertura.
Não. Mesmo com o retorno das aulas regulares, caberá aos pais a decisão de mandar ou não os filhos. O prefeito Bruno Covas recomenda que jovens do ensino médio que moram em casas com pessoas com mais de 60 anos de idade permaneçam no ensino remoto.
Sim. De acordo com a prefeitura, bebês e crianças poderão realizar atividades de acolhimento, teatro de fantoches, contos literários, atividades recreativas, entre outras.
O distanciamento entre os estudantes deve ser de 1,5 metro em sala de aula. Segundo infectologistas essa é a distância de segurança ideal. Também é orientado o uso de máscara e higienizar as mãos com frequência.
Está assegurado o fornecimento de alimentação escolar aos estudantes que participarem das atividades extracurriculares e a Prefeitura também afirma que o oferecimento de Transporte Escolar Gratuito (TEG) aos alunos que fazem parte do programa será mantido.
Não é necessário, já que o RT-PCR (swab nasal e oral) é caro e agressivo para crianças.
A Prefeitura de São Paulo iniciou no dia 1º de outubro a testagem de professores, estudantes e servidores da rede municipal de ensino para identificar a prevalência de infectados pela covid-19. A primeira etapa colherá material sorológico de mais de 192 mil pessoas. Ao todo, o censo testará 777 mil.
Sim. O melhor é que a criança tome a dose mesmo que já tenha passado o prazo, porque isso permite ao clínico diferenciar o diagnóstico no surgimento de um possível sintoma da covid.
O ideal é que o estudante possa trocar de máscaras, mas devido às condições financeiras existe a possibilidade dele ir para a escola com uma e usar outra quando o retorno para casa.
A recomendação do Conselho Nacional de Educação (CNE) é de que se evite a reprovação escolar, em função da situação atípica de aprendizagem na pandemia. Na rede estadual paulista, o secretário Rossieli Soares já avisou que os alunos que deixarem de entregar o mínimo de atividades poderão, sim, ser reprovados - mas ainda não está definido se poderá haver retenção por baixo desempenho. No caso escolas particulares elas podem reprovar, já que a resolução do CNE não determina a obrigatoriedade de aprovação automática.
O ensino superior também aderiu à retomada no dia 7 de outubro, mas a maioria das faculdades e universidades pretendem continuar com atividades online até o fim do ano.
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