13 de setembro de 2014 | 02h17
SÃO PAULO - O pedido de mais verbas ao governo estadual exigirá contrapartidas das universidades estaduais paulistas, segundo especialistas. Para ter sucesso na reivindicação, os reitores devem apresentar garantias de que não haverá outras crises semelhantes no futuro.
Outro obstáculo para elevar o total de repasses às universidades é definir qual área - como saúde, segurança pública ou moradia - perderia verbas estaduais. Diferentes dos órgãos do governo, USP, Unicamp e Unesp têm autonomia financeira e administrativa desde 1989. Isso significa que recebem uma cota fixa de receitas para serem geridas de modo independente, sem interferência ou ajuda adicional do governador.
Para o ex-reitor da Universidade de São Paulo (USP) José Goldemberg, a medida é plausível diante do êxito menor do que o esperado das medidas das universidades para cortar gastos durante o ano. "Mas esse aumento deve ser condicionado à adoção, pelas universidades, de medidas de fiscalização e controle", adverte.
O coordenador do curso de Administração Público da Fundação Getulio Vargas, Fernando Abrúcio, recomenda que as estaduais proponham contrapartidas à sociedade. "Poderiam contribuir mais na educação básica, por exemplo, com a formação de professores ou atuação mais direta com os alunos de ensino médio", sugere.
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