
18 de junho de 2020 | 17h56
BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira que pretende resolver por meio do diálogo a revogação de cotas para negros, indígenas e pessoas com deficiência em cursos de pós-graduação. A portaria foi revogada pelo agora ex-ministro Abraham Weintraub.
Nesta quinta-feira, parlamentares reagiram à decisão de Weintraub e ao menos dois projetos de decretos legislativos para tornar sem efeito a revogação da portaria foram apresentados na Câmara e no Senado.
Weintraub deixa o Ministério da Educação
"Vamos conversar com novo ministro, dialogar com ministro da articulação política para ver se nós podemos resolver isso no diálogo, sem necessidade de aprovação de um projeto de decreto legislativo. O ideal é mostrar para o governo que essa decisão do ministro, já sabendo que ia sair, talvez tenha baixa legitimidade", disse Maia.
A portaria revogada era de maio de 2016, assinado pelo ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante, ainda na gestão de Dilma Rousseff (PT). O texto determinava a criação de comissões nas universidades para discutir ações afirmativas. Também afirmava que o ministério acompanharia as ações propostas na portaria.
Segundo dados de 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), negros eram 28,9% dos pós-graduandos, apesar de representarem 52,9% da população à época.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.