Vale citar cursos livres no currículo?

Especialistas dizem que é um exagero listar 50, mas é importante destacar os que mostram aprofundamento em expertise que tenha relação com vaga pleiteada

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Por Ocimara Balmant
Atualização:

Conhecimento adquirido, conhecimento documentado no currículo. Será que é simples assim a equação? Mais ou menos, dizem os especialistas. É um exagero listar 50 cursos livres no currículo, mas é importante destacar os que mostram um aprofundamento em determinada expertise que tenha relação com a vaga pleiteada. Mesmo que essa relação não seja tão óbvia.

Patrícia Liberato Siqueira, de 29 anos, é formada em Gestão de RH e trabalha em uma empresa de recrutamento. Ela sabe que, em uma entrevista de emprego, um curso aparentemente inusitado vai diferenciá-la dos demais candidatos: Libras. "Fiz porque, além de gostar do tema, percebi que a maioria os selecionadores não sabem se comunicar com os deficientes auditivos que pleiteiam as vagas direcionadas aos portadores de necessidades especiais", conta.

Curso livre pode ser citado mesmo que ligação com a vaga pleiteada não seja tão óbvia Foto: AFP

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Moradora de Joinville, município a 175 km de Florianópolis, ela fez o curso no Senac, com metodologia que mesclou vídeos, textos e fóruns. Em sua turma, cerca de 90% eram professores. Os demais eram profissionais da área clínica e um ou outro de RH, como ela.

Mas, se por um lado não é preciso citar 50 cursos, por outro não é indicado enviar um currículo em que as datas mostrem um profissional que há anos não se atualiza. Nesse caso, mesmo que a vaga não pareça combinar com algum curso específico, vale a pena citar os últimos aprendizados.

"Colocar os cursos livres no currículo mostra que a pessoa está em constante atualização", afirma Anderson Malgueiro, gestor de cursos livres a distancia do Senac. "O empregador sempre tende a escolher aqueles que não parecem estacionados."

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