10 de julho de 2013 | 20h44
O reitor da Universidade de São Paulo (USP), João Grandino Rodas, propôs mudanças no sistema de escolha de dirigentes da instituição, com adoção de auditoria externa. Em carta à comunidade acadêmica, Rodas propõe “ampliar a democracia” na USP. Eleições diretas para reitor e dirigentes está entre as opções de mudanças.
Alunos, professores, funcionários e até a sociedade civil podem fazer propostas. Uma reunião do Conselho Universitário (CO), instância máxima da instituição, já está marcada para outubro para debater o assunto.
A reitoria criou um site (democracia.com.br) para receber as sugestões. Já há um compêndio de propostas de alterações disponível. Uma delas prevê definição direta do reitor se o candidato obtiver maioria absoluta. Se nenhum a tiver, uma lista de três nomes seria encaminhada ao governador, como é hoje. A mudança desse quesito, entretanto, pede uma nova lei.
Hoje, a eleição para reitor na USP tem dois turnos. No primeiro, cada um dos 1.925 eleitores (a maioria professores) escolhe três nomes. Os oito mais votados vão para o segundo turno, quando são 330 eleitores (integrantes do CO e conselhos centrais). A lista dos três mais votados vai para o governador, que faz a escolha final.
Na eleição passada, só um em cada três professores votou. Entre os alunos, a representatividade foi mais baixa (1 em cada 483 estudantes). Nas eleições para reitor na Unicamp e da Unesp, todos têm direito a voto. Na lista tríplice de 2009, Rodas havia ficado em 2.º na votação, mas foi escolhido pelo então governador José Serra (PSDB).
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