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USP faz 2º turno para eleger reitor

Cerca de 320 eleitores vão escolher três nomes entre os oito candidatos disponíveis; Governador José Serra dá a palavra final

Por Alexandre Gonçalves
Atualização:

O Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp) pretende impedir a realização do segundo turno da eleição para reitor na USP, marcada para hoje. O sindicato convocou uma assembleia às 10 horas, em frente à reitoria. Até as 12 horas, os funcionários pretendem decidir como vão impedir a realização do pleito.   A votação está programada para às 13h30. Cerca de 320 eleitores vão escolher três nomes entre os oito candidatos disponíveis. A lista tríplice será enviada ao governador José Serra, que vai apontar quem será o reitor. No primeiro turno da eleição, os três candidatos mais votados foram Glaucius Oliva, João Grandino Rodas e Armando Corbani Ferraz, respectivamente.   Segundo o Sintusp, há três representantes dos funcionários entre os eleitores do segundo turno. "É o modelo mais antidemocrático entre as universidades brasileiras", considera Magno de Carvalho, diretor de base do sindicato, que defende eleições diretas para reitor. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP deve se unir ao protesto do Sintusp às 12 horas, mas ainda não decidiu se participará do "boicote físico" para impedir a eleição. Por enquanto, só se comprometeu com um "boicote político", com a realização de abaixo-assinados e manifestações públicas.   Segundo Carvalho, movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a rede de cursinhos comunitários Educafro confirmaram presença no evento, que terá churrasco a R$ 1 e refrigerante a R$ 0,50. Como o Sintusp convocou um dia de paralisação para hoje, os restaurantes universitários não deverão funcionar. Carvalho não arrisca uma estimativa de quantos estarão presentes.   "Tomamos todas as medidas para que a eleição possa ser realizada como determina a Resolução (nº 5.802 de 2009, que descreve os trâmites para o segundo turno)", afirma Ignácio Maria Poveda Velasco, presidente da Comissão Eleitoral. "Esperamos que tudo ocorra bem, mas, se houver algum contratempo, podemos aplicar o artigo 21 da resolução."   O texto abre a possibilidade de, "em razão de caso fortuito ou força maior", atrasar a votação em 24 horas "em local a ser definido pela Reitora" hoje e "divulgado por meio eletrônico".

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