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USP e PM assinam convênio para aumentar policiamento

Acordo prevê fixação de viaturas, treinamento de policiais e canais de comunicação com a comunidade universitária

Por com Gio Mendes e do Jornal da Tarde
Atualização:

Quase quatro meses depois do assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, a Universidade de São Paulo (USP), a Polícia Militar e a Secretaria da Segurança Pública (SSP) assinam nesta quinta-feira, 8, um convênio para aumentar o policiamento no câmpus da Cidade Universitária, no Butantã, zona oeste da capital paulista. O convênio vai durar cinco anos, com possibilidade de renovação. Durante esse período, a PM vai ajudar a Guarda Universitária no patrulhamento do câmpus.

 

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A assinatura do convênio será às 17h na sede do Comando-Geral da Polícia Militar, na Luz, região central de São Paulo. Segundo a SSP, devem participar do encontro o secretario da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Álvaro Batista Camilo, e o reitor da USP, o professor João Grandino Rodas, além de executivos do Instituto São Paulo Contra a Violência.

 

A SSP não forneceu ontem detalhes de como funcionará a parceria. A ação dos policiais no câmpus da USP – que seguirá o modelo do policiamento comunitário – é discutida desde maio, quando o estudante foi assassinado durante uma tentativa de assalto no estacionamento da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA). Dois acusados de matar o jovem estão presos.

 

Segundo a universidade, o convênio tem como principal premissa o conceito de policiamento comunitário participativo. Ele prevê uma equipe fixa de viaturas e equipamentos no câmpus, a capacitação profissional dos policiais militares que atuarão no local e a identificação dos pontos vulneráveis. Estão previstos também cursos e palestras para a comunidade universitária, e a criação de canais de comunicação entre ela e a Polícia Militar.

 

Pontos vulneráveis

 

Em agosto, o Conselho Gestor da USP já havia aprovado o convênio para a segurança no câmpus. Desde então, só faltava a oficialização da parceria com as assinaturas da PM e da SSP. Na ocasião, foi divulgado que a PM teria um efetivo fixo de 15 a 20 policiais especializados no público universitário atuando dentro do câmpus da USP. A PM também iria instalar duas bases móveis dentro da Cidade Universitária.

 

Após a aprovação do convênio pelo Conselho Gestor, ficou decidido que policiais militares que cursam graduação e pós-graduação na USP atuarão no treinamento dos PMs que farão patrulhamento no câmpus. Também seriam feitas pesquisas com alunos para saber o que eles esperavam da polícia. A USP iria fazer um levantamento dos "pontos vulneráveis" do câmpus.

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