Universidades escolherão entre dois tipos de adesão ao Enem

Uma delas será a adesão completa, em que as instituições federais usarão o novo Enem como prova única

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Por Lisandra Paraguassu
Atualização:

As universidades federais terão duas possibilidades para aderir à proposta de vestibular unificado feita pelo Ministério da Educação. Uma delas será a adesão completa, em que as instituições usarão o novo Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) como prova única e terão suas vagas inseridas em um sistema online de seleção nacional. Na outra proposta, as universidades que tenham a intenção de realizar uma segunda etapa de seleção poderão usar o Enem apenas como uma primeira fase. Nesse caso, não participarão do sistema nacional de seleção.

 

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As duas alternativas foram apresentadas na quarta-feira, 8, aos reitores em um Termo de Referência enviado pelo ministério, que prevê, ainda, a realização da prova nos dias 3 e 4 de outubro. A nova proposta resolve um problema apontado pelos dirigentes das universidades: se um aluno faz o vestibular em uma instituição que pretende fazer uma segunda etapa, sua seleção ficaria prejudicada nas demais universidades que realizariam apenas uma prova. "Se o aluno não passa na segunda etapa, quando ele voltar para o sistema online de seleção as vagas já teriam sido preenchidas", explicou o ministro da Educação, Fernando Haddad.

 

A alternativa também abre caminho para que mais instituições sintam-se à vontade para aderir ao novo sistema. Aqueles que pretendem manter aspectos regionais nas suas seleções poderão usar a segunda prova e mesmo assim pertencer ao sistema.

 

Até agora, 38 das 55 instituições federais de ensino superior já declaram, extra-oficialmente, que pretendem aderir. Nas restantes, a maioria tem tendências positivas, mas prefere analisar melhor o documento do MEC para dar uma resposta. As Federais Fluminense, de Goiás e do Rio Grande do Sul eram as mais resistentes.

 

O sistema online proposto pelo MEC, chamado de Sistema de Seleção Unificada, prevê, ainda, que cada instituição que faça parte possa colocar ali os pesos que pretende dar para cada prova em cada curso, outra adaptação feita a pedido dos reitores. Os estudantes terão uma nota para cada uma das cinco provas - linguagens, redação, matemática, ciências humanas e ciências da natureza - e não mais uma geral objetiva e outra de redação, como acontece hoje. Com isso, as instituições poderão prever, por exemplo, que um aluno candidato à medicina precisa nota mais alta em ciências da natureza.

 

Uma nova reunião entre os reitores e o MEC está prevista para o início da próxima semana, com a intenção de esclarecer dúvidas. Os dirigentes prometeram ao ministério uma nova reunião no final do mês para dar já resposta definitiva sobre quem vai aderir e de que forma.

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