
06 de maio de 2016 | 15h53
FRANCA - Com cartazes e vestindo saias, cerca de 50 alunos fecharam a entrada da Universidade Federal de Lavras (Ufla), no sul de Minas Gerais, nesta quinta-feira, 5. O protesto foi realizado após um estudante ser barrado por um vigia ao tentar entrar de saia nas aulas de química.
O aluno em questão, Pablo Barbosa, disse que o vigia estranhou sua roupa e falou que teria de barrá-lo se ele fosse mesmo para as aulas daquele jeito. Depois, o abordou novamente, dessa vez junto com policiais militares que acharam que ele - que já é veterano na universidade - estaria sendo vítima de trote.
Barbosa contou que, então, seguiu até a pró-reitoria, onde foi atendido por uma psicóloga porque começou a chorar se sentindo humilhado com a situação.
O pró-reitor da universidade depois teria se desculpado. Um protesto foi marcado e começou no portão de entrada da Ufla. Os manifestantes seguiram até o prédio da reitoria. Para os manifestantes, trata-se de uma situação de preconceito contra homossexuais.
Prevenção. O reitor da universidade, José Roberto Scolforo, negou homofobia e disse que a ação dos seguranças foi preventiva. Um deles teria estranhando porque o aluno estava fora de um padrão que considera razoável, acreditando que ele pudesse estar sofrendo um trote.
Após a manifestação, um grupo de alunos se reuniu com o reitor para discutir medidas educativas que evitem novas situações do tipo.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.