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Universidade Solidária e Agência Estado criam rede nacional

Agência Estado ajuda UniSol a mobilizar universitários para projetos sociais em todo o Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

Com 20.450 estudantes mobilizados para ações sociais em quase mil municípios de todo o Brasil, nos últimos sete anos, a Universidade Solidária (UniSol) trabalha agora para formar uma rede nacional de informações on-line sobre projetos e atividades, unindo alunos, comunidades, professores, universidades, empresas e demais parceiros via internet. Para isso, a UniSol firma nesta segunda-feira uma parceria com a Agência Estado (AE), que garantirá infra-estrutura para operação do site da organização (www.universidadesolidaria.org.br) e permitirá o desenvolvimento de novos recursos de navegação e interatividade aos usuários. Com a parceria, a UniSol passa a oferecer e-mail gratuito (@unisol.org.br) aos voluntários, parceiros e comunidades atendidas. Salto Nas próximas semanas será lançado também o Discador UniSol, que permitirá acesso grátis à internet, usando como base o sistema do Discador Estadão. O site dinâmico e os meios de conexão são peças estratégicas nesta nova fase da organização. "Vamos ganhar velocidade e eficiência na relação com os parceiros, na coleta de dados e no acompanhamento das equipes em campo", diz a coordenadora nacional da UniSol, Elisabeth Vargas. "Com a Agência Estado, a UniSol dá um salto, com maior capacidade de informação, divulgação e extensão", afirma Ruth Cardoso, idealizadora da Universidade Solidária e dos demais programas da Comunidade Solidária. Na nova estrutura, a UniSol começa a aprimorar o Diário de Bordo, permitindo que equipes de alunos e professores espalhados por todo o Brasil enviem relatórios diários das atividades, trocando experiências entre si e com coordenadores nas universidades. A Universidade Solidária está mobilizando, neste ano, 4.500 estudantes de 191 instituições de ensino superior para projetos em comunidades de 260 municípios brasileiros. Com um site mais dinâmico e atrativo, expondo os projetos e atividades, a organização também ganha maior visibilidade e facilita a integração de patrocinadores comprometidos com ações sociais envolvendo jovens. Rede solidária O diretor da Agência Estado, Rodrigo Mesquita, vê na formação de redes como a da Universidade Solidária um exemplo de uso social das novas tecnologias de informação e comunicação, ainda muito concentradas em ambientes corporativos. "Estamos criando comunidades e, no caso da UniSol, trata-se de milhares de universitários unidos pela solidariedade e o compromisso de melhorar o Brasil, que podem assim se mobilizar de forma mais rápida, com melhores resultados", afirma. "Este grupo poderá se articular cada vez mais via internet, e seu trabalho será acompanhado a cada momento pela sociedade". A parceria une, pela primeira vez, uma organização de "tecnologia social" sem paralelo - metodologia da UniSol é tida como referência - e uma empresa de perfil único na América do Sul, com experiência nas áreas de informação e desenvolvimento de redes e comunidades. "Fico entusiasmada com a ampliação de possibilidades através desta cooperação com a Agência Estado", diz Ruth Cardoso. Segundo ela, o apoio tecnológico da AE chega num momento em que os programas sociais criados durante o governo Fernando Henrique Cardoso consolidam a autonomia. "Agora temos de completar nosso esforço em busca de mais profissionalismo, mantendo o custo baixo com eficiência, pautados no resultado e na avaliação", afirma. Para ela, a parceria "dá projeção e acrescenta qualidade técnica" ao trabalho da UniSol. "Espero que isso se alastre para os outros programas". Programas Apesar de criados pela então primeira-dama da República e de terem contado com equipamentos e funcionários públicos cedidos, programas como Alfabetização Solidária, Artesanato Solidário, Capacitação Solidária e outros sempre tinham como meta a autonomia, diz Ruth Cardoso. "Nunca foram programas ´do governo´, porque sua inovação está justamente no fato de operarem com parcerias entre governo, empresas e sociedade civil". Ainda durante o governo FHC, a criadora da Comunidade Solidária começou a preparar a transformação dos diversos programas em ONGs juridicamente autônomas, cada uma como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), para dar continuidade aos trabalhos. "Não podemos parar só porque o governo saiu dos programas", diz Ruth Cardoso. A Universidade Solidária é hoje a OSCIP UniSol, e o antigo Conselho da Comunidade Solidária deu lugar à Comunitas, "que tem o papel de manter o conjunto de programas e idéias comuns". A mudança levou cada programa a assumir uma identidade mais forte, e a qualidade da comunicação com a sociedade ganhou maior importância. "A UniSol agora tem uma porta nova para se comunicar com as universidades e a sociedade", afirma Ruth Cardoso.

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