Universidade precisa de investimento e melhor estrutura

Debates sobre a reforma da instituição devem girar em torno destes dois pontos principais, segundo reitores e professores

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Por Agencia Estado
Atualização:

Aumentar o investimento e melhorar a estrutura. São essas as duas principais visões que devem dominar, do ponto de vista da universidade, os debates sobre a reforma do ensino superior, tema que o novo ministro da Educação Tarso Genro, escolheu como prioridade zero do seu mandato. Reitores e docentes mais ligados a universidades federais e entidades estudantis defendem a elevação urgente dos gastos do governo. As 54 federais fecharam o ano passado com um rombo orçamentário de mais de R$ 60 milhões. Algumas mal conseguem pagar contas de água e luz. Investir em pesquisa, nem se fala. No ano passado, o orçamento das instituições foi de R$ 470 milhões. Documento Mas, para um grupo de intelectuais da Universidade de São Paulo (USP) que se reuniu para discutir a reforma, aumentar simplesmente o volume de recursos para as universidades não é a solução. "Achamos que, se a estrutura da universidade for mantida, um aumento de recursos não vai gerar ganhos qualitativos. Por si só, mais dinheiro não trará melhorias", diz o professor do Departamento de Sociologia Ricardo Musse, um dos coordenadores do Fórum de Políticas Públicas da USP. O grupo preparou um documento assinado pelos professores Marilena Chauí e Sérgio Cardoso, cuja versão preliminar já foi entregue ao ministro. Tarso tem também em mãos outros três documentos sobre o tema, preparados pela Associação dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), pela Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes) e pela União Nacional dos Estudantes (UNE). Cada entidade defende suas prioridades na reforma. Mas todas coincidem num ponto: as universidades precisam urgentemente de maior financiamento público.

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