10 de agosto de 2009 | 14h28
A partir deste semestre, estudantes do Centro Universitário FIEO (Unifieo) de São Paulo, poderão contar com um Centro de Pesquisas de Identificação por Rádio Frequência (RFID) para desenvolver pesquisas e projetos. Com aplicações ainda restritas no Brasil, a tecnologia pode ser utilizada para identificar, rastrear e gerenciar produtos, documentos ou pessoas através de sinais de rádio, sem a necessidade de contato ou campo visual. A tecnologia funciona com o uso de etiquetas que podem ser colocadas em uma pessoa, objeto ou animal. Cada etiqueta possui chips de silício e antenas, que permite responder aos sinais de rádio enviados por uma base transmissora e até mesmo enviar seu próprio sinal. No País, encontramos a tecnologia nos aparelhos do "Sem Parar", para controlar pedágios e no controle de gados, com o uso de brincos equipados com chips. O projeto do centro de pesquisas da universidade foi desenvolvido pela coordenadora dos cursos de Ciências da Computação, Sistema de Informação e Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Regiane Relva Romano, que estuda a RFID há dez anos. "A ideia é que os alunos usem o centro e pensem em projetos voltados para os mais variados setores do mercado. Espero que todos os trabalhos de conclusão de curso passem a utilizar essa tecnologia, que vem para agregar valor", afirma. Com o centro, a professora espera desenvolver pesquisas aplicadas, as habilidades dos alunos e preparar demonstrações práticas para empresas. Segundo Regiane, a Identificação por Rádio Frequência era aplicada principalmente na indústria bélica e é descendente da tecnologia dos transponders, que foram utilizados pelos ingleses na 2ª Guerra Mundial para identificar aviões. Com uso mais intenso nos Estados Unidos e em países europeus, sua utilização atual abrange diversas áreas, como por exemplo em operações de logística, controle de estoque, monitoramento de mercadorias, controle de acesso, indústria farmacêutica, segurança, agropecuária e rastreamento de animais. A proposta de Regiane é seguir o exemplo dos mais experientes, como a Universidade de Arkansas, nos EUA, que possui um centro de pesquisas em RFID que é referência no segmento e desenvolve projetos para o mercado local. "Tenho absoluta certeza que podemos fazer o mesmo. A universidade, junto com os estudantes, deve buscar parcerias com empresas e desenvolver soluções aplicadas e customizadas à cada uma delas", diz. Em 2008, universitários da Unifieo começaram a desenvolver estudos usando a tecnologia. Um projeto que permitirá controlar jogos de basquete, saber quais jogadores estão em quadra e o seu tempo de permanência está sendo desenvolvido por alunos do curso de Ciências da Computação em conjunto com os de Educação Física. Estudos que envolvem o controle e acesso de cargas está sendo realizado por um grupo de estudantes de Sistema de Informação, Tecnologia em Análise e Engenharia da Computação.
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