Unifesp, UFABC e UFSCar oferecem 8.206 vagas

Chance nas federais: as instituições vão selecionar os alunos pelo Sisu a partir da nota do Enem

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Por Gustavo Zucchi
Atualização:

SÃO PAULO - As universidades federais de São Paulo são a chance para quem quer cursar uma faculdade pública em 2018. Embora as estaduais estejam com as inscrições encerradas, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal do ABC (UFABC) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) ainda irão selecionar 8.206 estudantes no total – grande parte das vagas só pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que usa a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

Para concorrer a uma das 1.960 vagas da UFABC ou das 2.897 da UFSCar, os alunos poderão fazer o Enem e, na primeira quinzena de janeiro, se inscrever para concorrer via Sisu Foto: ROBSON FERNANDJES/ESTADÃO

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Para concorrer a uma das 1.960 vagas da UFABC ou das 2.897 da UFSCar, os alunos poderão fazer o Enem e, na primeira quinzena de janeiro, se inscrever para concorrer via Sisu. A exceção é a Unifesp, que exige uma seleção mista para os cursos de Ciências Biológicas, Ciências Biológicas - Modalidade Médica, Engenharia Química, Fonoaudiologia e Medicina. Assim os alunos interessados terão de fazer o Enem e ainda se inscrever (unifesp.br/reitoria/vestibular/) até hoje para a prova da Unifesp. No total, a Unifesp oferece 3.319 vagas para o presencial e 30 para educação a distância.

Enquanto a Unifesp se destaca nas carreiras de Biológicas, a UFABC é referência nas licenciaturas de Física, Química, Matemática e Biologia. Candidatos interessados em cursar Engenharia podem tentar as vagas da USFCar, com opções como Engenharia Química, de Produção, Física, da Computação, de Materiais, Elétrica ou Mecânica.

As três universidades enfrentam o desafio de manter a excelência que as levou ao topo de rankings nacionais e internacionais, diante do corte nas verbas repassadas pelo governo federal para pesquisa e educação. Wanda Hoffmann, reitora da UFSCar, afirma que os “recursos são insuficientes para o tamanho que a universidade está”. O reitor da UFABC, Kalus Capelle, é enfático: “Isso é uma tragédia. O país que em crise econômica corta recursos em educação, ciência e tecnologia assume compromisso com a próxima crise”.

Fatecs - Emprego Garantido

Para quem prioriza obter um emprego logo após a graduação, um dos caminhos mais recomendados é estudar na Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec). Com 68 unidades no Estado, a instituição oferece uma formação em nível superior (tecnólogo) intimamente ligada ao mercado de trabalho e, assim, garante uma empregabilidade alta para seus alunos.

“Historicamente os alunos que são tecnólogos têm mais acesso ao mercado de trabalho, conseguem emprego mais facilmente que os bacharéis”, explica André Macêdo, coordenador de Ensino Superior do Centro Paula Souza, administra as Fatecs. “Queremos garantir uma educação ao aluno que vai dar para ele um diferencial no mercado de trabalho”, afirma Macêdo.

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Ao todo são 73 cursos de graduação tecnológica, em diversas áreas, como Construção Civil, Mecânica, Informática, Tecnologia da Informação e Turismo. Juliana Macedo Teixeira foi uma das alunas atraídas pelo que oferece a Fatec. Cursando o último semestre de Análise e Desenvolvimento de Sistemas na unidade zona leste, na capital paulista, a estudante elogia o aprendizado que vem tendo e garante que estará preparada para o mercado de trabalho depois de se formar.

“Eles focam muito no profissional, para a gente trabalhar na área. Para quando você estiver fora daqui fazer a mesma coisa que aprendeu”, conta Juliana. “Você sair empregado e com bons salários é muito atraente.”

Um dos maiores orgulhos da Fatec é servir também como ferramenta de avanço social. Segundo Macêdo, cerca de 80% dos 80 mil alunos estudaram em escolas públicas e vêm de uma classe social mais baixa. Além disso, metade são estudante mais velhos, acima dos 25 anos, já com emprego e procurando uma melhor posição no mercado.

“Somos ambiciosos. Não queremos nada menos que formar os melhores tecnólogos do mundo. E temos condição para isso”, completa o coordenador de Ensino Superior. 

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