Ana Carolina Danucci tem 20 anos e passou os últimos três nas cadeiras do cursinho. Com o pensamento fixo na universidade pública, a vestibulanda de Medicina enfrentou a maratona dos três principais vestibulares do Estado, finalizada em janeiro. Depois de nove dias de provas de segunda fase, uma certeza: "A segunda fase mais trabalhosa foi a da Unicamp. Foi desumano." A opinião da experiente vestibulanda é endossada pelos professores de cursinhos e colégios consultados pelo Estadão.edu. Além de ser eleita a mais trabalhosa, a segunda fase da Unicamp foi considerada a melhor do ano. Os professores analisaram as provas da Unicamp, Fuvest e Unesp para votar em seis quesitos: a melhor, a mais difícil; a que exigiu mais conteúdo; a mais trabalhosa; a de perfil mais interdisciplinar; e a que pediu mais questões de atualidades. O exame da Unicamp recebeu 28 citações. A Fuvest ficou com 27 e venceu nas quatro categorias restantes. Já a Unesp recebeu apenas sete votos. Para o coordenador do Colégio Global, Cesar Betioli, a Unicamp exigiu uma ótima preparação dos alunos: "Cobrou temas interessantes e havia questões muito bem elaboradas." Edmilson Mota, do Etapa, elogiou a prova de química. "Ela concretizou o que se diz sobre como devem ser os vestibulares." O levantamento anterior, sobre a primeira fase, elegeu a Fuvest. A seleção da USP ficou à frente em todos os quesitos – só empatando com a Unicamp como a prova mais trabalhosa. Quem votou: Carlos Ciscato, do Intergraus; Nicolau Marmo, do Anglo; Edmilson Mota, do Etapa; Eduardo Figueiredo, do Objetivo; Alessandra Venturi, do Cursinho da Poli; Fábio Rendelucci, do COC; Mauricio Ceroni, do Pentágono; Cesar Betioli, do Global e Marcelo Feitosa, do Magister.