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Unesco vê falta de diálogo entre sistemas de avaliação

Posição foi defendida na mesa de abertura do seminário Avaliar Para Quê? Avaliando as Políticas de Avaliação Educacional

Por Agencia Estado
Atualização:

Qualquer avaliação exige consensos mínimos, não existem resultados quando o avaliado desconfia dos parâmetros da avaliação. Essa é a posição de Julio Jacobo, representante da Unesco no seminário Avaliar Para Quê? Avaliando as Políticas de Avaliação Educacional, que ocorre nesta terça-feira. Segundo ele, não é isso que ocorre atualmente com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), porque existe uma grande distância entre os sistemas educacionais dos estados e municípios em relação à avaliação e a sua forma de aplicação. Jacobo citou a falta de diálogo entre as unidades federadas e o sistema nacional de avaliação como um problema. Ele explicou que, hoje, 14 estados mantêm avaliações próprias, só que estas não falam entre si e com o Saeb. "Uma das preocupações do Ministério da Educação deve ser a criação de uma rede que se comunique, que fale a mesma linguagem". Em relação ao Saeb, a representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Maria Tereza Leitão, criticou o fato de os resultados não retornarem à sala de aula para fazerem parte do processo pedagógico das escolas. "É um grande equívoco a avaliação passar a ser um fim em si própria e não um meio de redimensionar as políticas educacionais, como ocorreu nos últimos anos", afirma. Outro aspecto ressaltado por Maria Tereza é a necessidade de respeito à autonomia dos municípios e estados na reconstrução de um sistema de avaliação que seja mais do que um simples sistema classificatório. "O processo tem de ser participativo para que possua legitimidade", diz.

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