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Últimas duas escolas são desocupadas após protesto de alunos da rede estadual de SP

Unidades foram tomadas por alunos em novembro em protesto contra a reorganização escolar do governador Geraldo Alckmin

Por Isabela Palhares
Atualização:

Foram desocupadas na manhã desta terça-feira, 19, as últimas duas escolas tomadas pelos alunos da rede estadual de São Paulo, em protesto contra a reorganização escolar do governador Geraldo Alckmin (PSDB). No auge dos protestos, 196 escolas foram tomadas. As escolas estaduais Anhanguera, na Lapa, e Godofredo Furtado, em Pinheiros, foram as últimas a ser entregues porque os alunos reivindicavam melhorias na estrutura das unidades.

Escola estadual Godofredo Furtado, em Pinheiros, foi desocupada nesta terça-feira, 19 Foto: MARCIO FERNANDES|ESTADAO

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Em uma rede social, os alunos que ocuparam a escola Anhanguera comemoraram o período em que a unidade ficou tomada. "Todos os ocupantes e apoiadores parem e pensem o quão grande foi esse movimento, levem para sua vida todo o aprendizado que adquiriram nesses 53 dias [de ocupação da unidade]", disseram. Eles ainda afirmaram que a decisão de entregar a escola foi exclusiva dos estudantes. 

Nas duas unidades, a Secretaria de Educação já havia iniciado a reposição de aulas do ano letivo de 2015 em outras escolas da região. Os alunos da escola Anhanguera iniciaram a reposição na escola estadual Alexandre Von Humboldt, e os da Godofredo Furtado, na escola estadual Alfredo Bresser. 

Reorganização. No auge dos protestos, 196 escolas ficaram ocupadas por estudantes e alguns movimentos sociais contra a reorganização do ensino. O processo foi suspenso por Alckmin depois de divulgada pesquisa do Datafolha que mostrava queda de popularidade do governador. Além disso, Ministério Público Estadual e Defensoria Pública entraram com ação para barrar a medida. A reorganização buscava a separação dos alunos por ciclos para que, segundo o governo, houvesse melhoria no desempenho. 

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