10 de maio de 2010 | 16h50
O reitor da UFSCar, Targino de Araújo Filho, prometeu nesta segunda-feira resolver "até o fim da semana" a crise no curso de Medicina da universidade. Os estudantes do 5º ano estão sem aulas práticas desde abril. Eles fizeram um protesto à tarde diante da reitoria.
Os estudantes prejudicados fazem parte da primeira turma de Medicina da UFSCar. O hospital-escola da universidade, feito em parceria com a prefeitura, só deve ficar pronto no fim do ano. Os alunos faziam internato na Santa Casa local, que rompeu o convênio alegando falta de pagamento da federal. Agora, Araújo disse que uma da saídas estudadas é procurar outros hospitais, até mesmo em cidades próximas.
A crise piorou na semana passada, quando Araújo disse que os estudantes insatisfeitos deveriam procurar outra instituição. O reitor fez uma retratação hoje: divulgou nota pedindo desculpas e afirmando que a frase foi divulgada fora de contexto. Ele garantiu que nenhum aluno sofrerá prejuízo na formatura por conta do atraso nas aulas práticas.
Antes da manifestação, os estudantes se reuniram com a secretária de Ensino Superior do MEC, Maria Paula Dallari. Ela afirmou que o ministério sabia que havia problemas no curso de Medicina, mas não tinha conhecimento de que eles eram tão graves. Maria Paula disse que não cabe ao MEC solucionar a crise, mas sim dar "subsídios" para que a UFSCar o faça. "A universidade está muito engajada nessa questão e está agindo rápido."
A UFSCar também prometeu atender outra reivindicação de alunos: a revisão dos programas de internato. A universidade admitiu que os alunos estão sendo supervisionados por médicos sem nenhuma formação específica para monitorar esses programas. Nesta terça-feira, a reitoria vai se reunir com estudantes dos outros anos de Medicina para discutir mudanças no curso.
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