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UFRJ completa 90 anos com expansão

Após ficar estagnada por décadas, universidade se reestrutura ao instituir cotas e criar vagas

Por Clarissa Thomé
Atualização:

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) completou 90 anos na última terça-feira esbanjando vitalidade. Depois de anos de estagnação e falta de investimentos, o câmpus da Ilha do Fundão, na zona norte, mais parece um canteiro de obras - laboratórios estão sendo erguidos e salas, reformadas.

 

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A grande mudança, porém, promete vir dos estudantes. Depois de seis anos sem discutir o tema de cotas, o Conselho Universitário aprovou, no mês passado, a reserva de 20% das vagas para alunos da rede pública estadual, que hoje se concentram em carreiras com menor procura, como Pedagogia. Eles terão aulas de reforço nas matérias mais difíceis e receberão bolsas e auxílio- transporte, num pacote de benefícios para garantir a permanência na instituição.

 

Os primeiros anos deste século foram duros para a UFRJ - surgida da união da Faculdade de Medicina (1808), da Escola Politécnica (1792) e da Faculdade de Direito (1891). Afogada em dívidas, sofreu sucessivos cortes de energia e água. As aulas chegaram a ocorrer nas escadas, por falta de luz. Assaltos e desova de cadáveres fizeram o câmpus ficar marcado pela violência.

 

“Em 2003, o orçamento anual era de R$ 40 milhões e a conta de luz era metade desse valor”, conta o reitor Aloisio Teixeira. Convênios com a Petrobrás permitiram a instalação de câmeras de segurança. E a adesão ao Reuni, programa de reestruturação das universidades federais, trouxe recursos: o orçamento de 2011 é de R$ 240 milhões. A contrapartida foi o aumento de vagas - de 6.500, em 2007, para 9.000, no próximo vestibular.

 

Estrutura

- 10 mil professores lecionam atualmente na UFRJ

 

- 9,8 mil vagas estão abertas para 2011

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- 9 mil cursos são oferecidos

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