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UFRJ busca sistema inovador para cotas, diz reitor

Por Agencia Estado
Atualização:

O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Aloísio Teixeira, disse que a instituição continuará estudando uma forma de implementar alguma política de cotas para beneficiar estudantes desfavorecidos. Apesar de Teixeira ter defendido a criação de cotas já no próximo vestibular, o Conselho de Ensino e Graduação reprovou a idéia. Segundo o reitor, o tema continuará em discussão nas unidades da universidade até 2005, quando poderá ser encaminhado ao Conselho Universitário, colegiado máximo da universidade. ?É uma questão extremamente polêmica. A UFRJ tem obrigação de inovar nessa questão", disse ele nesta segunda-feira. "Certamente a política de cotas não resolve a questão da democratização do acesso e temos de pensar formas novas, que signifiquem efetiva democratização.? Em março, Teixeira rejeitou a criação de cotas para negros, como havia adotado a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e levou aos colegiados a proposta de reservar uma parcela das vagas para estudantes egressos de escolas públicas, que poderia ser de 20%. A proposta sofreu críticas da comunidade acadêmica, principalmente da direção da Faculdade de Medicina, que declarou que a medida ameaçaria a qualidade do ensino no curso. O Ministério da Educação elabora um projeto de lei que deve ser enviado ao Congresso ainda este ano sugerindo mudanças no ensino superior. Entre as diretrizes está a reserva de vagas para alunos do sistema público e a criação de cotas étnicas entre eles, de acordo com os dados regionais do IBGE. Segurança O reitor apresentou seis carros equipados com rádio, que serão utilizados pelos agentes da Divisão de Segurança da universidade no campus da Ilha do Fundão, na zona norte do Rio, que sofre com a violência. Em três meses, câmeras e guaritas nas principais entradas do campus complementarão o novo plano de segurança do campus. Só este ano, foram registradas mais de 200 ocorrências no campus, a maioria delas roubo e furto de carros (47). O Fundão também serve para a desova de cadáveres: 12 foram encontrados até agosto último. O próprio reitor já foi rendido por homens armados no campus. ?O Fundão não é mais nem menos violento do que outras áreas do Rio. O que nos desagrada é o fato de haver violência num campus universitário, que devia ser alvo de uma preocupação permanente das autoridades para garantir a segurança dos jovens que a freqüentam.? Apesar das dificuldades financeiras que levaram a UFRJ a sofrer ameaças de corte de luz, o reitor afirmou que os assaltos freqüentes obrigaram a reitoria a investir R$ 130 mil na compra dos veículos. Os carros circularão 24 horas por dia pelas ruas do campus e serão usados pelos 70 agentes armados da universidade que fazem a segurança do local.      leia mais sobre cotas nas universidades

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