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UFMG vai processar 34 alunos acusados de fraudar sistema de cotas

Estudantes aprovados no processo seletivo de 2017 foram denunciados após sindicância interna apurar suspeita de irregularidades nas autodeclarações dos alunos

Por Paulo Roberto Netto
Atualização:

SÃO PAULO - A Universidade Federal de Minas Gerais irá processar 34 estudantes acusados de fraudar o sistema de cotas para ingressar na instituição. Medida foi aprovada pela reitora Sandra Goulart Almeida após sindicância interna indicar suspeitas de irregularidades nas autodeclarações dos alunos.

Nos últimos meses, comissão interna da UFMG analisou 61 denúncias de supostas fraudes de aprovados no processo seletivo de 2017 Foto: Foca Lisboa/UFMG

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Nos últimos meses, comissão interna da UFMG analisou 61 denúncias de supostas fraudes de aprovados no processo seletivo de 2017. Além dos 34 casos que resultaram em processo interno, outros 10 alunos deixaram a instituição após o início das apurações. Outros 17 estudantes passaram por análises fenotípicas que validaram as autodeclarações.+ Concursos terão análise visual de cotistas negros

De caráter administrativo disciplinar, os processos correm em sigilo dentro da universidade, que afirma garantir o direito de defesa de todos os estudantes. Se houver entendimento que ocorreu fraude, eles podem perder a vaga na instituição.+ Medicina-USP aprova 1 por cota racial e 8 de escola pública em seleção via Enem

A partir deste ano, a UFMG passou a exigir do candidato que se autodeclara negro, pardo ou indígena no processo seletivo uma carta consubstanciada. No momento do registro, os alunos devem justificar o pertencimento étnico-racial declarado. A resposta poderá ser questionada a qualquer momento da graduação.

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