PASSADO
Renato Lima, ex-aluno da FFLCH e presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública
1. O que a USP tem de melhor?
A ideia de uma universidade pública criada para produzir conhecimento e formar lideranças com excelência acadêmica e profissional capazes de influenciarem no modelo de desenvolvimento do País.
2. Qual o maior problema da USP?
Uma universidade ensimesmada, que vive glórias do passado e, com raras e elogiosas exceções, se consome em disputas corporativistas e de posições políticas.
3. Você é a favor ou não de cotas na USP e por quê?
Sou a favor. Se queremos aliar meritocracia com equidade racial e social, as cotas são um instrumento poderoso de inclusão e transformação da realidade brasileira. Do contrário, não estaríamos falando de mérito, mas de reforço de desigualdades.
4. Qual deve ser a maior preocupação do novo reitor?
Diminuir os atritos internos e propor um novo e inclusivo projeto institucional, que seja pautado pela máxima transparência (não só da dimensão financeira) e pela ideia de que a universidade não pode viver isolada da sociedade. A Comunidade USP precisa criar a cultura da prestação de contas do que faz e do que gasta.
5. Como você vê o futuro da USP?
Incerto. Se a USP olhar corajosamente para si e para a sociedade, tem todas as condições de continuar sendo um dos principais polos de conhecimento acadêmico do País. Mas se continuar olhando apenas para o umbigo, tende a perder protagonismo e ser cada vez mais questionada. Minha torcida é para que a primeira opção seja a escolhida.
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+++ Em eleição para reitor, USP discute desafios
PRESENTE
Stefany Ohara, 19 anos, aluna do primeiro ano do curso de administração da FEA
1. O que a USP tem de melhor?
Na USP, temos muitas oportunidades, podemos estudar no exterior, fazemos contatos. A partir do momento que você entra na USP, muitas portas se abrem, mas você tem que batalhar também para se desenvolver.
2. Qual o maior problema da USP?
Acho que é a falta de transparência na administração. Poderia ter mais participação dos alunos nas decisões. Os estudantes não têm voz.
3. Você é a favor ou não de cotas na USP e por quê?
Estudei em escola particular, mas sou a favor das cotas. Não acredito na meritocracia. É muito evidente que quem estudou em escola pública tem uma perda histórica que precisa ser recuperada.
4. Qual deve ser a maior preocupação do novo reitor?
Melhorar a transparência e consolidar o sistema de cotas. Elas foram aprovadas e ainda estão começando, mas precisam funcionar bem , os alunos precisam ter apoio.
5. Como você vê o futuro da USP?
Acho que a USP está em declínio e vai depender muito do próximo reitor. Um visão nova pode melhorar muito a situação.
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FUTURO
Anna Luiza Smith, 18 anos, vestibulanda que concorre a uma vaga em arquitetura
1. O que a USP tem de melhor?
A USP tem todo o seu pretígio, tem um ensino sensacional, reputação no exterior, qualidade de professores. Por isso dá tanta vontade de entrar nela.
2. Qual o maior problema da USP?
Como mulher, sinto insegurança. Tenho medo de assalto, assédio e todo tipo de ataques a mulheres que já aconteceram na universidade.
3. Você é a favor ou não de cotas na USP e por quê?
Sou a favor porque sou aluna de escola pública e, agora no cursinho, percebo quanto a gente perde a vida inteira.
4. Qual deve ser a maior preocupação do novo reitor?
Inclusão. As cotas vão ajudar, mas tem muita gente excluída da USP ainda. A USP é algo muito distante para a maioria dos jovens.
5. Como você vê o futuro da USP?
Estou otimista. Eu veja a USP mais solidária, mais inclusiva. Acho que a nova geração de alunos vai mudar a USP.