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Tarso pede rapidez, mas projeto de cotas raciais patina

Implantação da reserva de vagas em todas as universidades federais não deve sair em 2005

Por Agencia Estado
Atualização:

Um dos principais projetos do Ministério da Educação pode ficar para 2006. A criação das cotas para estudantes de escolas públicas e negros nas universidades federais está tramitando no Congresso desde o primeiro semestre deste ano, mas ainda não avançou muito. Nesta terça-feira, ao participar do que deveria ser uma audiência pública sobre o assunto no na Comissão de Educação do Senado, o ministro da Educação, Tarso Genro, fez um apelo pela aprovação do projeto ainda este ano. "Tem que fazer um esforço para aprovar este ano, senão não vamos poder aplicar essa política no ano que vem e aí vai ficar só para 2006", disse Tarso. Isso porque é preciso antecedência para aplicar as cotas no vestibular. Os que acontecem no início do ano já estão fora de alcance. Restam os de julho, se a tramitação acontecer até o início do ano que vem. De qualquer forma, não alcançariam boa parte dos cursos, que só tem uma seleção no ano. Existem hoje cerca de 40 propostas sobre cotas tramitando no Senado e na Câmara e que devem ser reunidas em um substitutivo. Segundo Tarso, apesar do número elevado de projetos tratando do mesmo assunto sinalizar uma preocupação da sociedade com o tema, também contribui para alongar a discussão, impedindo uma tramitação mais rápida. Ao convocar o ministro para uma audiência pública, os senadores poderiam ter adiantado o processo. No entanto, nem mesmo os dois que fizeram o requerimento - Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Demóstenes Torres (PFL-GO) - compareceram à sessão, que acabou cancelada por falta de quórum. Apenas cinco senadores e um deputado estavam presentes.

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