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Suposto estudante é preso em manifestação de alunos da Unifesp

Rapaz foi atuado em flagrante, fumando um cigarro de maconha

Por Paulo Saldaña , Cristiane Nascimento e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

Um homem foi detido no início da noite desta segunda-feira, 18, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, por porte de um cigarro de maconha. O flagrante ocorreu em meio à passeata de alunos da Unifesp. A polícia, porém, não sabe dizer se o rapaz é estudante. Segundo a Central de Flagrantes do 8.º Distrito Policial, o rapaz detido tinha "características de um estudante". Michael Melchiori, aluno do 3.º ano de Filosofia da Unifesp, afirma que só foi informado da ocorrência após o fim do ato e que não sabe quem foi preso. "Não sentimos a falta de ninguém do nosso grupo." A manifestação terminou por volta das 19h30. Os estudantes marcharam do Masp até a Rua da Consolação, e depois voltaram para o vão livre do museu. O grupo chegou a ocupar duas faixas da avenida, mas as interrupções no trânsito foram breves. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que o trânsito na região estava lento, mas dentro da média para o horário. A manifestação reuniu 400 pessoas, segundo os manifestantes. A Polícia Militar estimou em 150 o número de participantes. Os universitários gritaram palavras de ordem e ostentaram faixas. Uma dela dizia: "PT e PSDB + PM = Repressão contra educação". Uma bateria improvisada animou o grupo. Os alunos protestaram contra a prisão de 22 colegas do câmpus de Guarulhos, na noite da última quinta-feira. O grupo foi detido por policiais militares e levado à Superintendência da Polícia Federal, na capital. O alvará de soltura chegou só na noite de sexta-feira, e os alunos vão responder em liberdade. Eles foram autuados em flagrante por dano ao patrimônio público, constrangimento ilegal e formação de quadrilha. Na quarta-feira, 20, a greve dos estudantes do câmpus de Guarulhos completará 3 meses. Eles reivindicam a renúncia do diretor acadêmico da unidade, Marcos Cezar de Freitas, a construção de moradias estudantis e de um novo prédio para a Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Também exigem a retirada de processos abertos contra 48 estudantes que invadiram a diretoria acadêmica em 2008, durante outra paralisação. Procurada, a reitoria não quis se manifestar sobre a manifestação.

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