PUBLICIDADE

Summit Educação 2021 discute papel da tecnologia no ensino e como pandemia acirrou desigualdades

Recuperar tempo perdido e valorizar o professor estão entre os desafios, assim como aproveitar melhor aulas remotas

Por Ocimara Balmant e Alex Gomes
Atualização:

O que se perdeu e o que se aprendeu em um ano e meio de escolas fechadas? Essa foi a pergunta que orientou os debates do Summit Educação 2021, evento que ocorreu, de forma online e gratuita, entre os dias 15 e 17 de setembro e reuniu diversos especialistas, entre educadores, pesquisadores e gestores públicos.

A abertura foi marcada por palestra de Paulo Blikstein, da Universidade de Columbia (EUA), sobre o papel da tecnologia para uma educação brasileira com equidade. Tal assunto voltou a ser abordado em outras rodas de conversa, sobre o uso de inteligência artificial e sobre como docentes utilizam as redes sociais para transmitir conteúdos didáticos e se aproximar dos alunos.

Mesmo com o avanço da tecnologia,professor ainda é o 'arquiteto das experiências de aprendizagem' Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

PUBLICIDADE

Na sequência, o painel Escola Tem de Ser Presencial? reuniu representantes de órgãos como a Unesco e o Conselho Nacional de Educação e trouxe à tona questões que permeariam boa parte das discussões, como o acirramento das desigualdades sociais. Isso porque pesquisas mostram que os mais vulneráveis foram os que menos tiveram acesso a ferramentas digitais de ensino e também os que mais sofreram os efeitos indiretos das escolas fechadas, como violência, negligência e fome.

Os dados de evasão escolar, outro aspecto da realidade brasileira potencializado pela pandemia e que ganhou destaque no evento, revelam que o País corre o risco de regredir duas décadas em relação ao acesso à educação. E, para reduzir essas fissuras, não basta o retorno ao ensino presencial nos moldes do que ocorria até 2019. Viabilizar a educação após a pandemia, dizem os especialistas, exige ampliação da jornada, revisão do currículo, formação e valorização dos professores.

Já o painel de debate voltado ao ensino superior trouxe exemplos de como universidades podem se beneficiar de um modelo híbrido, com atividades remotas permitindo um maior intercâmbio de conhecimento entre instituições nacionais e internacionais.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.