SP dará bolsa para jovem voltar à escola

Jovens carentes entre 15 e 24 anos terão R$ 60 mensais do Estado. Programa já iniciou cadastramento na capital

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Por Agencia Estado
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O governo paulista vai lançar um programa de complementação de renda para jovens carentes entre 15 e 24 anos. Uma bolsa de R$ 60,00 mensais será dada a quem estiver fora da escola e se dispuser a voltar a estudar. O anúncio vai ser feito na segunda quinzena de junho pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). Programas na mesma linha que já existem no País - como o Bolsa-Família e o Renda Mínima - são direcionados só a crianças e adolescentes até 14 anos ou a pais de família. Cadastramento O cadastramento dos primeiros 2 mil beneficiados começou a ser feito em abril em bairros como Capão Redondo, Jardim Irene e Brasilândia, na capital. "Iniciamos pela região metropolitana de São Paulo, a mais problemática do Estado, onde há altos índices de pobreza jovem e desemprego jovem", disse a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Maria Helena Guimarães de Castro. Segundo a secretária - que está em Xangai, na China, participando do Fórum Global de Redução da Pobreza -, a intenção do governo é atender 10 mil jovens até o fim do ano, o que representa 2% dos cerca de 470 mil dessa faixa etária que estão fora da escola na região metropolitana. No Estado, são 1 milhão. Maria Helena diz que o projeto deve ser ampliado a cada ano, depois das análises de resultados. Estágios Há parcerias garantidas com empresas como Votorantim, J.P. Morgan e Coca-Cola, que oferecerão estágios remunerados ao participantes. O Ação Jovem, como o projeto será chamado, terá investimento inicial de R$ 5 milhões, que serão usados também para bancar a atividade de ONGs. A educação no Brasil é obrigatória apenas para crianças entre 7 e 14 anos. Isso explica também o direcionamento do programa à população acima desta faixa etária. Para ser beneficiado é preciso ainda morar em regiões de alta concentração de pobreza, segundo índices oficiais. Os jovens receberão vale-transporte e poderão cursar a Educação de Jovens e Adultos (EJA), antigo supletivo, ou o ensino regular público.

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