Sindicato representante de professores de sete universidades federais aceita plano do governo

Contraproposta apresentada terá reajuste de 25% a 40%; novos porcentuais terão impacto de R$ 4,2 bilhões no orçamento da União

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Por Redação
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O conselho deliberativo da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) decidiu há pouco pela aceitação da nova proposta de reestruturação da carreira dos docentes de instituições federais. A entidade representa apenas sete das 59 universidades federais e dois instituto. Nesta segunda-feira, 24, o Ministério do Planejamento cedeu à pressão dos professores universitários e de institutos de pesquisa e apresentou uma contraproposta de reajuste de 25% a 40%. Os novos porcentuais terão impacto de R$ 4,2 bilhões no orçamento da União. Há duas semanas, o governo ofereceu um aumento entre 12% e 40% ao longo dos próximos três anos para a categoria, que está em greve há 66 dias. Na ocasião, o reajuste anunciado foi 16% a 45%, pois o governo havia incluído um porcentual já concedido. Nessa proposta, o impacto estimado era de R$ 3,9 bilhões. O conselho indicou aos sindicatos associados que façam consultas de abrangência nacional durante os dias 27 de julho e 1º de agosto, quando as entidades representativas de professores devem responder se concordam com a contraproposta. Uma vez aceita, a orientação é de que a greve seja encerrada. “Mostramos ao governo a importância de uma carreira atrativa para novos docentes e valorizada tanto para os que estão na ativa, quanto aos aposentados”, disse, em nota, Eduardo Rolim, presidente da Federação. Entre os pontos citados pela entidade estava a garantia de que nenhum professor recebesse um reajuste inferior a 25%. Os Ministérios da Educação e do Planejamento retiraram os pontos que feriam a autonomia universitária, anteciparam para março o pagamento dos reajustes anuais, e retiram as barreiras para progressão no magistério superior e no ensino básico, técnico e tecnológico. A posição do conselho também reflete uma preocupação com o prazo de até 31 de agosto para que o governo envie Projeto de Lei ao Congresso Nacional. Do contrário, não haverá reajuste em 2013 e todos os avanços da negociação iniciada em setembro do ano passado serão desconsiderados. Marinalva Oliveira, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes), disse que não havia gostado da oferta. "Não resolve o problema de desestruturação da carreira." Segundo ela, a categoria não aceita concessão de porcentuais diferenciados para docentes com título. A nova proposta será levada às assembleias nos estados.

* Atualizado às 18h25

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