Sindicato quer que professores de SP parem na 4.ª

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Sindicato dos Professores de São Paulo quer que os docentes de escolas particulares faltem ao trabalho nesta quarta-feira. A entidade convocou assembléia para decidir se a categoria entra ou não em greve para fazer as escolas cumprirem a decisão do Tribunal Regional do Trabalho, que definiu reajuste de 16,42% para os salários a partir de março de 2003. As escolas argumentam que o acórdão ainda não foi publicado, e avisam que já recorreram da decisão. ?Vamos definir se continuaremos negociando, se tentaremos recursos jurídicos ou se entraremos em greve?, afirmou o presidente do sindicato, Luiz Antônio Barbagli. De acordo com o sindicalista, apenas 50 escolas cumpriram a decisão do TRT. Mais de 1.500 estabelecimentos de ensino não o fizeram. Acordo coletivo ?Nenhuma escola tem condições de pagar esse índice de reajuste?, disse o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de São Paulo (Sieeesp), José Augusto de Mattos Lourenço, avisando que, se as escolas perderem na Justiça, haverá reflexo nas mensalidades escolares. Lourenço explicou que no ano passado foi fechado um acordo coletivo com a categoria em 80% dos municípios do Estado, prevendo o reajuste de 7,5% em março do ano passado, mais 13% em março de 2004, além de participação nos lucros. ?Ainda assim, o Sinpro (sindicato dos professores) decidiu recorrer ao dissídio. Se esse acordo foi fechado com a maioria, era o que deveria prevalecer?, disse o representante das escolas. Voto divergente A orientação do sindicato das escolas é que nada seja pago até que o acórdão seja publicado. E isso atrapalha a definição da campanha salarial deste ano dos professores, já que é preciso primeiro definir o índice de 2003. Enquanto o recurso das escolas não for julgado no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, elas deverão cumprir a determinação do TRT a partir da data de publicação do acórdão, retroativo a março do ano passado. A publicação, no entanto, ainda não tem data definida, pois o processo está parado. Um juiz ainda não entregou um voto divergente ao processo e a presidente do TRT, Maria Aparecida Pellegrina, já enviou uma petição solicitando a entrega do voto. A partir daí, o acórdão será publicado.

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