Sindicato dos professores recorre ao STF por corte de ponto

Categoria em greve há dois meses recebeu o primeiro desconto neste mês, referente às faltas de março

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Atualizada às 21h11

PUBLICIDADE

SÃO PAULO - O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) informou que entrou nesta segunda-feira, 11, com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir o corte de ponto dos professores em greve no Estado de São Paulo. Parados desde o dia 13 de março, os docentes tiveram o primeiro desconto por faltas no salário no holerite de maio.

A Apeoesp já havia obtido liminar que impedia que os descontos fossem feitos, mas a decisão temporária foi derrubada na última semana pela Justiça, depois de recurso movido pelo governo estadual. O sindicato defende que o corte é ilegal, uma vez que decisões recentes do STF em casos semelhantes levaram ao entendimento de que não deveria haver corte de ponto.

Professores da rede estadual de São Paulo bloquearam na noite desexta-feira, 8, a Marginal do Pinheiros Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

Prevaricação. Há uma semana, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) descartou a possibilidade de rever ou desistir do corte de ponto. “Governo não faz o que quer, não tem essa liberalidade. Se dá aula, tem frequência. Se não dá aula, não tem frequência. Como vai dar frequência para quem não dá aula? Isso é prevaricação”, afirmou Alckmin, em evento no Palácio dos Bandeirantes.

Ele também voltou a afirmar que a greve “não tem muito sentido”. 

Os professores liderados pela Apeoesp pedem reajuste de 75,33% para equiparação a outras profissões com ensino superior. O governo estadual, no entanto, critica a paralisação, que entende como “extemporânea”, e destaca que houve reajuste de 45% para a categoria nos últimos quatro anos. 

Multa. A Justiça paulista multou a Apeoesp em R$ 300 mil por descumprir uma liminar do mês passado. A decisão impedia o sindicato de divulgar propaganda que pede aos pais que deixem de levar filhos às escolas durante a greve. 

Publicidade

Na decisão, a Justiça afirma que a propaganda era “ilícita e extremamente prejudicial aos interesses dos menores de idade”. A Apeoesp disse que a veiculação da propaganda foi em apenas uma das 93 subsedes e decidiu recorrer da multa.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.