Segundo a Apeoesp, cerca de 35% dos docentes aderiram à paralisação. A contabilidade do sindicato, no entanto, é divergente das posições diárias apresentadas pela Secretaria Estadual de Educação. Segundo a pasta, até agora menos de 10% dos professores deixaram de ir ao trabalho. Em média, 5% já o número de ausências regulares.
Ontem, reunião entre governo e sindicato acabou em impasse. O Secretário Estadual da Educação, Herman Voorwald, debateu com representantes do sindicato as reivindicações da categoria, entre elasaumento salarial da categoria.
Segundo a Apeoesp - principal entidade da classe, que conta com mais de 180 mil professores afiliados -, diante da falta de acordo, a greve dos docentes se estenderá "por tempo indeterminado". A paralisação das atividades por parte dos docentes desde a última segunda-feira (22) coincidiu com o anúncio, antecipado pelo Estado, da ampliação do reajuste salarial deste ano, de 6% para 8,1%, a partir do dia 1º de julho. Com o aumento, o reajuste escalonado até 2014 passará de 42,2% para 45,1%.
Os sindicatos, no entanto, reclamam que essa política não "repôs perdas salariais anteriores". Entre as principais exigências da Apeoesp está oreajuste de 36,74%.Os professores pedem também uma reforma no plano de carreira, o fim do desconto de faltas e licenças médicas na aposentadoria e um aumento imediato de 13,5%.
Para o secretario estadual de educação, Herman Voorwald, não há a possibilidade de conceder um aumento superior ao proposto. "Não é possível aumentar a proposta de reajuste", disse ontem Voorwald. Mas, segundo a Secretaria Estadual afirmou em nota na tarde de ontem, a Apeoesp rejeitou proposta apresentada pelo secretário Voorwald de avaliar no segundo semestre a possibilidade, de acordo com as condições econômicas, de outro aumento salarial para os profissionais.
Outros dois sindicatos de representação da classe consultados pela reportagem, o Centro do Professorado Paulista (CPP) e a Udemo - dos diretores -, não aderiam à greve convocada pela Apeoesp.