03 de agosto de 2012 | 19h10
A educação integral foi tema de debates nesta sexta-feira ,03, em São Paulo. Durante o Seminário Nacional de Educação Integral, realizado em conjunto pela Fundação Itaú Social e pelo Unicef, professores e representantes de projetos educacionais apresentaram experiências de promoção de conhecimento fora da sala de aula. As apresentações se concentraram em explicar como fazer para que a educação integral possa ser alcançada com ajuda das escolas.
Para a socióloga Maria Alice Setúbal, existe o desafio de pensar em o que seria um curriculum integral. "Educação integral deve incluir letramento, cidadania, educomunicação e sustentabilidade", disse.
Durante sua explicação, o oficial de projetos do Unicef, Rui Aguiar, falou das grandes dificuldades enfrentadas por uma criança desde seu ambiente familiar, que sofre com a falta de políticas públicas como a falta de saneamento básico e problemas de segurança. A solução deveria começar desde a hora da matrícula na escola.
"A matrícula poderia ser uma matrícula cidadã. Quando eu matriculo uma criança, eu deveria matricular a família inteira" disse Aguiar. A função da escola, nesse caso, seria garantir a convivência familiar e comunitária, prestando auxílio aos pais e oferecendo um amplo espaço cultural, por contantemente ser a escola o lugar de maior estrutura dentro de uma comunidade.
Uma das sugestões de Aguiar, por exemplo, seria que as escolas tivessem comissões para identificar maus-tratos funcionando com as comissões de saúde. "Não dá pra fazer o integral se você não conhece o individual, pois o problemas são muito complexos."
Na parte da tarde, foram apresentados algumas iniciativas que visam a educação integral em diferentes lugares do Brasil, como o programa "Cidadania dos Adolescentes", coordenado pelo professor Mario Volpi, do Unicef, que busca promover a participação dos adolescentes em ações cidadãs nos pequenos municípios da Amazônia.
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