Sem surpresa, Harvard lidera ranking de universidades

Mesmo fora das 200 principais, USP é ainda a melhor da América Latina

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Por Redação
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Ao divulgar ontem seu Ranking Mundial de Universidades 2010-11, a Times Higher Education (THE) confirmou as teses e lendas de que nenhuma escola do mundo é melhor que Harvard. A sétima edição do levantamento aponta que as cinco melhores são americanas e o país também abriga 72 das 200 instituições presentes dentro da classificação principal. A USP e a Unicamp, mais bem classificadas dentre as brasileiras, ficaram respectivamente na 232° e 248° posições.

 

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Logo abaixo de Harvard aparecem o California Institute of Technology, o Massachussets Institute of Technology e as universidades de Stanford e Princeton. As britânicas Cambridge e Oxford dividem a sexta colocação. O ranking indica também uma grande e crescente presença das asiáticas. Entre as 50 melhores, o continente possui sete, sendo duas na China e em Hong Kong, uma no Japão, Coreia do Sul e Cingapura. Nessa divisão já supera a Europa continental, sendo duas na Suíça e na França, e uma na Alemanha e uma na Suécia.

 

De acordo com Ann Mroz, editora da THE, a explicação para a liderança dos americanos no ranking está na verba destinada ao ensino superior. "Os EUA investem 3,1% de seu Produto Interno Bruto em educação superior, enquanto os demais países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico investem 1,5%", explica.

 

A USP foi considerada a melhor universidade da América Latina e, segundo Philip Altbach, diretor do Centro para Educação Superior Internacional do Boston College, ainda tem muitas metas a atingir. “As melhores universidades públicas do continente estão engessadas com burocracias e algumas estruturas de administração politizadas. Eles confiam muito em uma faculdade de meio período, e meio periodismo não pode nunca ser a base de uma universidade focada em pesquisa”, afirma.

 

Em seu livro O desafio de se estabelecer universidades de nível internacional, publicado em 2009, Jamil Salmi, coordenador de educação terciária no Banco Mundial, realça tanto os potenciais como os desafios que estão no caminho da USP. “É a mais seletiva instituição brasileira e tem o maior número de programas de pós-graduação bem ranqueados. Além disso, forma todo ano mais doutores do que qualquer universidade americana”, ressalta.

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