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Segurança da Uniban repreendeu Geisy Arruda, afirma defesa

Advogados da universitária dizem que os funcionários da faculdade gritaram com ela ao chegarem na sala

Por Solange Spigliatti
Atualização:

A defesa da estudante Geisy Arruda afirmou nesta sexta-feira, 27, em comunicado, que um segurança da Universidade Bandeirantes (Uniban) repreendeu a aluna quando já estava formado um tumulto por causa do vestido que ela usou para ir à faculdade. De acordo com a nota, que detalha o depoimento feito ontem pela aluna na Delegacia da Mulher, "quando o segurança chegou até a sala de Geisy, ao invés de conter a turma que tentava invadir a sala de aula, dirigiu-se à mesma e a repreendeu aos gritos, ''dando-lhe lição de moral''. Neste momento seus colegas de classe a defenderam e houve sim uma discussão entre os colegas de Geisy e o tal segurança".

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No dia 22 de outubro, Geisy foi hostilizada pelos colegas dentro da universidade em São Bernardo do Campo, no Grande ABC paulista, por usar um vestido curto para ir à aula. Segundo o advogado Nehemias Melo, por conta da censura, o tumulto aumentou, porque o grupo que estava do lado de fora da sala de aula percebeu que "o segurança estava contra a Geisy e, por conseguinte, ao lado deles, o que tornava a impunidade uma certeza".

Ao contrário do que diz o advogado da Uniban, a ação do funcionário "não isenta a universidade de responsabilidade, mas a contrário, reafirma sua responsabilidade, pois seu corpo de segurança deveria ter agido para conter o tumulto e dispersar os alunos que se aglomeravam nos corredores e, ao revés disso, o segurança se juntou aos bárbaros para dirigir impropérios à vítima", conclui a nota.

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