Secretário de SP vê demagogia em proposta do MEC

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Por Agencia Estado
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O secretário Estadual de Educação de São Paulo, Gabriel Chalita, classificou como demagógicas as sugestões do Ministério da Educação (MEC) para ampliar o ensino fundamental e o médio. "Hoje, muitos Estados e municípios não conseguem oferecer transporte escolar, qualidade e excelência em oito anos, quanto mais em nove", disse Chalita, que é presidente do Conselho dos Secretários Estaduais de Educação (Consed). Chalita comentou as mudanças que fazem parte de um documento do MEC sobre o ensino básico. "Não dá para fazer um plano estratosférico e não aumentar o repasse federal", completou. A idéia que está em estudo no ministério é a de tornar obrigatória a pré-escola, fazendo com que as crianças ingressem aos 6 anos na escola. Dinheiro Para o ensino médio, o documento sugere dois anos básicos. Depois disso, o aluno poderia optar por um ano direcionado ao vestibular ou dois anos com enfoque profissionalizante. Chalita diz não discordar das propostas, mas insiste que o problema é dinheiro para colocá-las em prática. A sugestão do secretário para o financiamento da educação é a criação de dois fundos, um para o ensino infantil e outro para o médio. Eles funcionariam como o Fundef, que hoje reúne recursos de Estados e municípios para o ensino fundamental e os redistribui, também com suplementos federais, conforme o número de alunos. O documento do MEC prioriza a instituição de um só fundo para o ensino básico (infantil, fundamental e médio) - o Fundeb -, cujo projeto já está em fase final. Chalita amenizou as críticas ao comentar outras propostas. Para ele, um currículo mínimo nacional seria "ótimo", desde que precedido de discussões. Ele apóia ainda a universalização do Sistema de Avaliação do Ensino Básico (Saeb), hoje feito por amostragem.

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