São Paulo terá escola integral do 1º ao 5º ano

Programa vai começar em 17 unidades da rede estadual; estudantes terão aulas tradicionais e outras atividades durante 8 horas

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Por Paulo Saldaña
Atualização:

SÃO PAULO - O governo de São Paulo vai começar em 2015 um projeto de ensino integral para os anos iniciais do ensino fundamental (do 1.º ao 5.º ano). O programa será em 17 escolas e a Secretaria de Educação planeja expansão para 2016, sem detalhar metas. Mesmo com as novas matrículas, o Estado ainda está longe do que prevê o Plano Nacional de Educação (PNE). 

Os alunos ficarão 8 horas na escola, com currículo integrado. Envolverá as áreas tradicionais de Português, Matemática e Ciências, além de trabalhos artísticos, educação por projetos, iniciação digital e aulas de inglês a partir do 1.º ano.

Integral. Modelo iniciado no ensino médio chega ao ciclo 1 Foto: Felipe Rau/Estadão

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Cerca de 5 mil alunos serão atendidos nessas escolas. A rede estadual tem hoje 112 mil alunos em tempo integral. Significa cerca de 3% do total de matrículas da rede. A meta do PNE é ter 25% dos alunos na modalidade em 10 anos. O Brasil tem 10,9% das matrículas da educação fundamental em tempo integral, segundo dados de 2013.

Não havia na rede estadual escola integral neste primeiro ciclo. O modelo a ser adotado nas 17 escolas segue as mesmas linhas do que tem sido feito a partir de 2011 em escolas do ensino médio e de anos finais do fundamental. Esse projeto começou em 16 escolas e hoje alcança 182.

A rede tem dois modelos de escola em tempo integral. Ao todo, são 437 escolas. O novo modelo, de 2011, prevê que os professores tenham dedicação exclusiva à escola. Eles recebem 75% a mais nas gratificações.

Esse modelo começou no ensino médio ancorado em uma proposta de maior participação do jovem na escola. Segundo a diretora dos Anos Iniciais da Secretaria da Educação, Sonia Jorge, essa dimensão também será contemplada agora. “Os alunos organizarão assembleias. Queremos garantir que ele prossiga com mais competência e base para os anos finais”, diz ela.

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