Rio Grande do Sul muda regra e permite escola aberta em regiões de risco alto

Governador justificou mudança dizendo que a escola é essencial para o desenvolvimento cognitivo e nutricional das crianças

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Por Renata Cafardo
Atualização:

O Rio Grande do Sul autorizou que as escolas públicas e particulares permaneçam abertas mesmo durante a fase vermelha no Estado, considerada de alto risco de contágio do coronavírus. Até então, a educação só podia funcionar quando as regiões estivessem na etapa anterio, laranja, com risco médio.

A educação voltou a funcionar presencialmente no Estado desde 8 de setembro, com escalonamento por níveis de ensino. A primeiro a abrir foi a educação infantil Foto: Tiago Queiroz

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O governador Eduardo Leite (PSDB) justificou a medida dizendo em live que "saúde não é apenas não contrair o vírus". "Os alunos precisam de desenvolvimento cognitivo, principalmente nas periferias, de acompanhamento nutricional, motor, e as escolas ainda ajudam na prevenção do abuso sexual e da violência". O Estado enfrenta atualmente um aumento de casos de internação em casos de covid.

Leite disse ainda que resolver seguir o que países europeus têm feito durante a segunda onda da pandemia.  Governos de França, Alemanha, Inglaterra, Bélgica e Escócia passaram a decretar novos lockdowns no fim de outubro. Foram fechados restaurantes e bares e os  encontros sociais, restritos a duas famílias. Mas as escolas continuaram abertas. O governo de Angela Merkel falou até em usar hotéis e bares, fechados pela pandemia, como alternativa para ter mais espaço para as aulas.

Na última atualização do Rio Grande do Sul, 3,9 milhões de pessoas, o que corresponde a 35% da população gaúcha, em 234 cidades, estão em regiões com bandeira vermelha. Áreas como de Novo Hamburgo, Canoas, Ijuí e Capão da Canoa são algumas delas.

O restante - incluindo a capital Porto Alegre - está na fase laranja. A última bandeira é a preta, com muitas restrições, inclusive da escola.

A educação voltou a funcionar presencialmente no Estado desde 8 de setembro, com escalonamento por níveis de ensino. A primeiro a abrir foi a educação infantil. "Passados oito meses de atividades com níveis de restrição, todos aprendemos a lidar melhor com o vírus e identificamos o quanto é importante mantermos as escolas funcionando com rigorosos protocolos sanitários", disse Leite. Segundo ele, não houve "intercorrências" nas escolas que foram abertas que justificassem que fossem fechadas.

Segundo a secretaria da Educação, cerca de 300 do total de 2500 escolas estaduais voltaram a funcionara presencialmente. A rede particular a adesão é mais alta.

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Em São Paulo, as escolas poderiam voltar na fase amarela, chamada pelo governo de etapa de "flexibilização" ou "controlada", com mais abertura de atividades. Em setembro, o governo do Estado autorizou apenas atividades extracurriculares, mas a Prefeitura da capital não concordou com a data e só fez o mesmo em outubro. Atualmente, apenas o ensino médio pode ter aulas na capital.

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