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Revista sobre alfabetização em português lança novo número

De periodicidade semestral, a revista online foi produzida como resultado de um convênio entre a Universidade Eduardo Mondlane, de Moçambique, e a USP

Por Agencia Estado
Atualização:

Para integrar o conhecimento sobre ciclo inicial de alfabetização e português, nos vários países onde a língua é falada, e incentivar o acesso ao material, um grupo de especialistas criou a revista eletrônica Acolhendo a Alfabetização nos Países de Língua Portuguesa, cujo segundo número acaba de ser lançado. De periodicidade semestral, a revista foi produzida como resultado de um convênio entre as faculdades de Educação da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo (Moçambique), e da Universidade de São Paulo (FE-USP), no âmbito do edital Pró-África, lançado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em 2005. De acordo com a coordenadora brasileira da iniciativa, a professora Nilce da Silva, do departamento de Didática e Metodologia do Ensino da FE-USP, o periódico abarca todas as linhas de pesquisa na área. ?O objetivo é disponibilizar ao público a alfabetização sob diversas linhas de pesquisa, e contemplar a discussão atual sobre o tema?, disse. Os principais objetivos da revista são criar um espaço de referência do tema, divulgar artigos de pesquisa inéditos e possibilitar a troca de informações sobre o conhecimento em alfabetização em todos os países de língua portuguesa. ?A realidade da alfabetização em cada um dos países é muito heterogênea, principalmente em países como o Timor Leste, em que menos de 5% dos habitantes falam o português no cotidiano e é preciso ensinar a língua na hora de alfabetizar?, disse Nilce. Segundo a professora, o periódico tem cerca de 20 artigos por número, além de seções sobre fundamentos da alfabetização e de depoimentos e entrevistas. Os autores não precisam ser, necessariamente, nativos dos países lusófonos. ?A revista está aberta para pesquisadores de todo o mundo. Temos contribuições de países não lusófonos, principalmente por parte de brasilianistas e de pesquisadores interessados no quadro teórico?, disse. Nas seções não dedicadas a artigos científicos, a revista aceita contribuições de estudantes de graduação ou de professores da rede pública. ?Optamos por abrir essa possibilidade para estimular o interesse do público?, disse Nilce.

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