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Reunião de grevistas e Cruesp acaba sem acordo

Reitores mantêm oferta de 6,05% de reajuste salarial; servidores querem 16%

Por Elida Oliveira
Atualização:

Terminou sem avanços a reunião de representantes de funcionários e professores de USP, Unesp e Unicamp com o Cruesp, conselho de reitores. O Cruesp manteve a oferta de 6,05% de reposição salarial, enquanto os servidores insistiram em 16%. Uma das reivindicações dos grevistas da USP foi parcialmente atendida, com o adiamento do curso online para professores que seria oferecido no âmbito da Univesp, universidade virtual do governo do Estado. Nova reunião entre as duas partes foi marcada para a próxima segunda-feira. No encontro de hoje, as partes analisaram apenas 2 dos 16 pontos da pauta de reivindicações dos servidores. No caso da Univesp, o adiamento deixará a decisão sobre o curso a distância para o próximo reitor, que substituirá a atual, Suely Vilela. Representantes dos funcionários na reunião disseram que os reitores atribuíram a decisão à necessidade de renegociar com o governo do Estado o repasse de verbas para fazer o curso. Mas, na opinião dos servidores, o verdadeiro motivo foi a pressão de manifestantes, que criticaram o modelo da universidade virtual em protestos realizados na USP. Em nota divulgada após a reunião, o Cruesp disse que a oferta de reajuste de 6,05% reitera a "disposição em manter o poder aquisitivo dos salários". O conselho argumentou que manteve o porcentual, que reflete a variação da inflação pelo IPC da Fipe, "mesmo em face da queda de 4,88% da arrecadação do ICMS de janeiro a maio, em relação aos valores previstos para o período". Amanhã, professores da USP terão encontro com a reitoria para discutir a pauta específica de reivindicações apresentada por sua entidade, a Adusp. A categoria está oficialmente em greve, embora a maioria das unidades da universidade esteja funcionando normalmente. 

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