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Relação de novos integrantes do CNE está quase pronta

Por Agencia Estado
Atualização:

Dois ex-ministros da Educação, um deles do regime militar, e pelo menos três representantes de São Paulo deverão fazer parte da nova composição do Conselho Nacional de Educação (CNE). O mandato de 12 dos 24 conselheiros termina neste sábado e as nomeações deverão ser feitas na segunda-feira (15) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A relação dos 12 nomes sugeridos pelo Ministério da Educação (MEC), após intensas negociações políticas e pressões de todos os lados, estava hoje com Lula, que ainda poderia fazer alterações de última hora. O ex-ministro Eduardo Portella, titular da pasta de Educação durante o governo do general João Figueiredo (1979- 1985), deverá ser nomeado para a Câmara de Educação Superior, com a filósofa Marilena Chauí, o reitor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Antonio Carlos Ronca, e o ex-secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia - na tumultuada gestão do ex-ministro Roberto Amaral -, Antônio César Russi Callegari, todos eles de São Paulo. Os outros dois nomes mais cotados hoje para a câmara superior eram o do reitor da Universidade Federal do Pará, Alex Fiúza de Mello, que não foi indicado por sua entidade, a Andifes (associação de reitores das federais), e o físico Paulo Monteiro Barone. O conselho é órgão auxiliar do MEC que opina sobre a criação de universidades e centros universitários e pode recomendar o fechamento de cursos. Por isso mesmo, a disputa foi mais intensa para a câmara superior. Para a Câmara de Educação Básica, deverá ser nomeado o ex-ministro Murílio Hingel, do governo Itamar Franco (1992- 1994). Além dele, os mais cotados eram a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Maria Beatriz Luce, a ex-reitora da Universidade Católica de Goiás Clélia Brandão Alvarenga Craveiro e o presidente da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação, Adeum Sauer. Havia indefinição quanto às outras vagas. Entidades do setor indicaram 41 nomes para a câmara superior e 53 para a câmara básica. Das 12 vagas, pelo menos seis devem obrigatoriamente ser escolhidas pelo presidente dentro dessa lista. Marilena Chauí, uma ardorosa defensora da integridade do governo Lula no caso de corrupção envolvendo o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz, foi indicada para a câmara básica, mas ontem tudo indicava que ela iria para a câmara superior. Os mandatos são de quatro anos e podem ser renovados uma vez.

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