Reitores de federais apóiam idéia de loteria

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Por Agencia Estado
Atualização:

A presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ana Lúcia Gazzola, demonstrou interesse pela proposta de criação de uma loteria para financiar as universidades. "Acredito que se houvesse essa loteria muitos de nós jogaríamos." A Andifes defende, no entanto, a vinculação de receitas do orçamento do Ministério da Educação para o ensino superior, o que daria estabilidade ao financiamento das universidades. "O fundo poderia garantir o financiamento pleno das instituições, dando estabilidade para capacitar, consolidar e expandir o sistema federal." A idéia de uma fonte fixa de recursos, como a loteria, agradou ao reitor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ulysses Fagundes Neto. Segundo texto divulgado pela instituição, ele acredita que isso poderia gerar maior capacidade de planejamento para as universidades. Destinação certa Análise feita pela Caixa Econômica Federal mostra que há espaço para a criação de um jogo voltado para a educação. Segundo o MEC, isso seria possível porque pouco dos recursos arrecadados hoje é direcionado para o setor. Outra razão é que, na comparação com outros países, os brasileiros apostam menos - até porque, em muitos casos, desconhecem para onde vai o dinheiro das apostas. Uma vinculação direta com o financiamento da educação teria o potencial de atrair apostadores. "Não é que seja para o financiamento do ensino superior, mas uma alternativa de novos recursos para educação", explicou o ministro Tarso Genro. O fundo, que está na proposta do governo de reforma universitária, prevê que parte do orçamento vinculado do MEC - 18% das receitas da União que devem ser, obrigatoriamente, investidos em educação - seja destinada apenas ao ensino superior.

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