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Reforma não privatiza universidade, diz Tarso

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Educação, Tarso Genro, disse nesta sexta-feira que retirará da proposta da reforma universitária qualquer ponto que possa resultar em algum tipo de privatização das universidades públicas, e convidou os estudantes que protestam contra a reforma a indicarem estes pontos. A declaração foi feita um dia depois que milhares de estudantes participaram, em Brasília, de um protesto contra a reforma universitária. Do mesmo ato participaram sindicalistas e funcionários públicos, protestando contra as propostas de reforma trabalhista e sindical. "O movimento (dos estudantes) não está tratando da reforma que o governo está propondo. O que ficou claro para nós é que eles não querem dialogar e adotaram uma posição irracional, de não aceitar o debate porque são contra o governo Lula", criticou Tarso. Um grupo de manifestantes foi recebido na tarde de quinta-feira pelo secretário-executivo do Ministério da Educação, Fernando Haddad, que explicou os principais pontos da reforma. Mas, de acordo com informações do ministério, os estudantes não apresentaram nenhum documento. O ministro afirmou que os participantes da passeata eram ligados aos partidos PSTU e P-Sol, contrários ao governo Lula, e ao sindicato dos professores das universidades federais, o Andes, que, por sua vez, é também coordenado pelo PSTU. Entre os manifestantes que discursaram na quinta-feira contra a reforma universitária está a deputada federal Luciana Genro, filha do ministro, expulsa do PT e uma das fundadoras do P-Sol. Tarso disse ainda que enviará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o anteprojeto de lei da reforma até o próximo dia 30. Depois da análise do Palácio do Planalto, a proposta ficará em discussão pública por um prazo ainda não determinado.

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