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Reforma deve balancear autonomia e controle social

Por Agencia Estado
Atualização:

Garantir o espaço autônomo e democrático dentro das instituições de ensino superior. Esse é o principal objetivo dos representantes das entidades que participaram nesta sexta-feira do 2º Colóquio sobre a Reforma Universitária realizado pelo Ministério da Educação (MEC). Oito entidades apresentaram sugestões para o tema "Gestão e Estrutura", que trata da estrutura administrativa das universidades e de como elas vão planejar suas atividades futuras. O Secretário de educação Profissional e Tecnológica do MEC, Antônio Ibañez, defendeu a criação de dois Conselhos, um formado por membros da sociedade e outro por reitores, além da adoção do orçamento participativo pelas instituições. Para o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), professor Ênnio Candotti, a participação da comunidade acadêmica na definição da aplicação de recursos públicos talvez não seja a melhor saída. Ele argumenta que a universidade possui orçamento vindo de toda a sociedade e a determinação das metas partiria apenas de um grupo. "É uma boa idéia quando os iguais são participantes da discussão dos recursos de todos, dos recursos público", afirma. A União Nacional dos Estudantes (UNE) também está preocupada com a participação da sociedade na gestão das instituições de ensino superior. Uma das propostas da UNE é pelo fim da lista tríplice, na escolha dos reitores das universidades federais. "Queremos que toda a comunidade possa escolher os dirigentes das universidades", disse a vice-presidente da UNE, Fabiana Costa. Atualmente, o presidente da república recebe uma lista com três nomes, geralmente escolhidos pelas próprias instituições por meio de eleições, e define qual exercerá o mandato de reitor, por quatro anos.

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