Redução de formandos em faculdades reflete ações do MEC, diz Paim

Nº de concluintes do ensino superior caiu 5,6% em 2013, a 1ª queda em 10 anos; para ministro, há relação com supervisão adotada

PUBLICIDADE

Por Rafael Moraes Moura
Atualização:

Brasília – O ministro da Educação, Henrique Paim, disse na manhã desta quarta-feira (10) que a queda no número de estudantes concluintes do ensino superior no Brasil está associada a uma série de ações de supervisão e regulação adotadas pelo Ministério da Educação (MEC) para garantir a qualidade na oferta de matrículas.

PUBLICIDADE

O número de estudantes concluintes do ensino superior caiu 5,6% em 2013, a primeira queda em dez anos, conforme dados do Censo do Ensino Superior divulgados ontem pelo MEC. Segundo o Censo, 991.010 pessoas se graduaram em 2013, 59,4 mil a menos do que em 2012. 

“Essas ações de supervisão e de regulação que o MEC vem adotando, com suspensão de processos seletivos, redução do número de vagas, fechamento de cursos, descredenciamento de instituições, são ações que vêm sendo tomadas há muito tempo. Então, esse reflexo que nós tivemos agora no número de formandos está associado a ações que foram feitas há pelo menos quatro, cinco anos”, comentou o ministro, ao participar de coletiva de imprensa no Palácio do Planalto para apresentar o Pronatec Aprendiz na Micro e Pequena Empresa.

“Queria enfatizar que tão importante quanto a expansão do ensino superior brasileiro – que é uma meta estabelecida inclusive no Plano Nacional de Educação – é nós termos o cuidado com a questão da qualidade, por isso que o MEC tem sido muito rigoroso e vai manter esse rigor em relação à expansão da educação superior”, disse Paim.

De acordo com o ministro, o governo não vai aceitar a oferta de vagas no sistema federal de instituições e cursos sem qualidade. “Essa preocupação é uma preocupação que esse governo tem”, ressaltou. 

O censo apontou ainda que houve redução no ritmo de expansão do ensino superior brasileiro. Se entre 2007 e 2008, constatou-se um pico de crescimento de 10% de vagas criadas, o índice que vem caindo de forma consistente nos últimos anos- entre 2012 e 2013, o avanço foi de apenas 3,7%. 

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.