
21 de outubro de 2015 | 03h00
SÃO PAULO - A rede estadual de São Paulo vai ter mais 39 escolas de ensino integral no ano que vem. Serão 13 na capital e na Grande São Paulo e outras 26 no interior. Com isso, a rede passará a ter 532 unidades de tempo integral - cerca de 10,4% das 5,1 mil escolas estaduais paulistas.
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Das 39 unidades, sete serão do primeiro ciclo do ensino fundamental (1.º ao 5.º ano). Em 2015, a Secretaria de Estado da Educação (SEE) iniciou o ensino integral nessa etapa e avalia que ajudou na alfabetização.
“Com o tempo estendido, foi possível trabalhar com mais calma nas dificuldades de cada criança”, explica Maria Helena Berlinck, responsável pelos programas de jornada ampliada da SEE. “Assim, é possível adotar diferentes estratégias de aprendizado”, acrescenta.
Neste ano, segundo ela, a ideia foi levar o ensino integral apenas para escolas de maior porte. Foram selecionadas unidades com mais de 10 turmas - cerca de 300 alunos. Estar em área de vulnerabilidade social é outro critério para a escolha.
Na rede paulista, há dois modelos de ensino integral. No formato antigo, são 236 unidades. No novo modelo, de 2011, os professores trabalham em dedicação exclusiva à escola e ganham 75% a mais nas gratificações.
Contra o tempo. A gestão Geraldo Alckmin (PSDB), porém, precisa acelerar o ritmo de criação de unidades de tempo integral para atingir a própria meta, de mil escolas de jornada ampliada até 2018. O Plano Nacional de Educação prevê 50% das escolas públicas com educação integral até 2024.
Maria Helena reconhece que a crise econômica atrapalha, mas diz que são analisadas alternativas para ampliar a jornada. Uma delas seria levar alunos da escola para outros espaços, onde teriam as atividades do contraturno.
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