01 de setembro de 2016 | 21h33
Contrariando as expectativas, a rede escolar privada paulista de ensino infantil, fundamental e médio não perdeu alunos em razão da crise. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 1º, pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de S. Paulo (Sieeesp), em 2015, a escola particular ganhou 77 mil alunos a mais que em 2014, crescimento de 3,46%.
Nos ciclos de ensino em que o Sieeesp atua, a participação da escola privada passou de 21,61%, em 2014, para 22,70% em 2015. O presidente Benjamin Ribeiro da Silva acredita que o setor deverá manter o crescimento neste ano, mas em ritmo mais lento.
O único ponto em que houve ligeira perda foi na educação infantil, o que ele atribui ao desemprego. “Quando o pai está empregado leva o filho pequeno para a rede privada. Se fica sem emprego, espera ou vai para a escola pública."
As escolas privadas também já iniciaram a elaboração de planilhas para definir o reajuste das anuidades em 2017. De acordo com Silva, em convenção coletiva, os funcionários obtiveram reajuste de 1% acima da inflação, o que deve servir de parâmetro para a definição dos novos valores. “Há uma concorrência muito grande hoje no setor e quem reajusta errado perde alunos. A escola precisa repassar o aumento de encargos com impostos, energia e salários, mas não pode ir muito além da inflação”, alertou.
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