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Ranking do Exame da Ordem só considera bacharéis, diz OAB

Faculdades de SP alegam que tiveram alunos ainda não formados aprovados na avaliação

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Por Redação
Atualização:

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) esclareceu nesta terça-feira que os resultados preliminares do 4.º Exame da Ordem Unificado consideram apenas a aprovação dos bacharéis em Direito. Após a divulgação dos dados, na semana passada, faculdades contestaram a informação de que não aprovaram nenhum aluno na prova. Duas instituições procuraram o Estadão.edu e alegaram que estudantes passaram no exame, apesar de ainda não terem se formado.

 

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Segundo o secretário-geral da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coelho, a divulgação do desempenho apenas dos bacharéis atende a solicitação das próprias escolas de Direito. "As faculdades reclamaram que a gente não conseguiria avaliar a aprovação, para fins estatísticos, se também considerássemos os alunos que ainda não foram entregues ao mercado."

 

O exame é obrigatório para quem deseja exercer a advocacia. Podem se inscrever bacharéis em Direito e alunos do último ano ou do 9.º e 10.º semestres do curso, aprovados em todas as matérias dos períodos anteriores. Os estudantes que passam na OAB têm o registro profissional automaticamente garantido após a formatura.

 

Na sexta-feira, a Ordem liberou o acesso aos índices de aprovação dos bacharéis inscritos no exame realizado em dezembro, separados por instituição de ensino. Algumas faculdades aparecem com classificação zero. Mas os dados não incluem quem prestou as provas antes de terminar o curso.

 

Quando são considerados os candidatos ainda não formados, escolas como a Universidade Camilo Castelo Branco (Unicastelo), no câmpus de Descalvado (SP), e as Faculdades Integradas de Jahu (FIJ), de Jaú (SP), aparecem entre as instituições com candidatos aprovados.

 

Marcus Vinicius, da OAB, diz que vai propor à Comissão Nacional do Exame da Ordem a divulgação de uma nova lista somente com a aprovação de estudantes na prova. A decisão deve sair na sexta-feira.

 

Sobre o eventual prejuízo à imagem das faculdades quando elas não têm bacharéis entre os aprovados, o secretário-geral pondera: "Elas possuem a relação de alunos aprovados. Elas podem fazer o uso que bem entenderem dessa informação."

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