06 de novembro de 2016 | 23h40
SÃO PAULO - Na avaliação dos professores ouvidos pelo Estado, a prova de Inglês do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aumentou o nível de exigência, focando na capacidade interpretativa de diferentes estilos de texto.
Para o professor Tadeu Okubaro, do Colégio Etapa de São Paulo, a prova foi mais difícil do que a do ano passado. "Foram três textos jornalísticos e um institucional, então, o vocabulário foi mais formal", afirmou. "Isso coloca as questões mais distantes da realidade do aluno." Um exemplo disso foi a questão que inclui um texto com um tema de saúde sobre a tecnologia para a impressão de células.
A candidata Thaís Teles, de 23 anos, considera que as questões de Inglês estavam difíceis porque tinham um vocabulário que ela não conhecia. "Tinha muitas palavras que não sabia o significado e isso me atrapalhou. As questões que tinham uma imagem, ainda consegui me virar e garantir alguns pontinhos", disse a estudante ao deixar o câmpus Vergueiro da Universidade Paulista (Unip), na zona sul da capital paulista.
Para Eliane Callegari, professora do Objetivo o aluno tinha que ter noção de leitura e interpretação em português. "O aluno não teve surpresa em relação ao ano passado", comparou.
O professor de Inglês do Curso Poliedro Francisco de Oliveira considera que os candidatos precisavam interpretar a ideia central dos textos. Ele também destacou a presença da canção Ebony and ivory, do cantor e compositor Paul McCartney. "Na música, o autor defende o respeito étnico-racial, por isso o piano tem teclas de ébano e marfim lado a lado."
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