Protesto contra líder religioso do Mackenzie é agendado na internet

Internautas criam comunidade no Facebook para combinar manifestação na quarta-feira, dia 24

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Por Carlos Lordelo
Atualização:

As redes sociais serviram de canal de protesto contra a carta do líder religioso da Universidade Presbiteriana Mackenzie que orienta a comunidade acadêmica a repudiar a aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006, que propõe a criminalização da homofobia.

 

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No Facebook, internautas discutem a realização de um ato às 16h30 da próxima quarta-feira, 24, em frente ao câmpus da universidade na região central de São Paulo. Até as 11h45 desta quinta-feira, 18, 2.017 pessoas haviam confirmado participação no evento Ato de protesto contra o posicionamento homofóbico do Mackenzie.

 

"O nosso ato de protesto não tem conotação homossexual, heterossexual ou nenhuma orientação sexual direta. É um movimento em prol da liberdade de escolha, da liberdade de expressão, onde todos estão convidados a demonstrar a sua liberdade como bem entender", diz a página da manifestação. "Tragam cartazes, bandeiras, cornetas, alto-falantes, tirem o pó das vuvuzelas e vamos ver e ser vistos!"

 

Segundo a criadora da comunidade, a estudante de Ciências Sociais da PUC-SP Carolina Latini, de 20 anos, o objetivo do protesto é "dar visibilidade para a questão do preconceito e ajudar na descriminalização da homossexualidade". Ela conta que se surpreendeu com a adesão ao ato. "O que quero passar com esse manifesto é meu posicionamento contra a justificativa dada pelo porta-voz da universidade ao usar de passagens bíblicas e de argumentos maniqueístas, como a definição de certo e errado, para poder, legalmente, ser contra a homossexualidade."

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Atualizada às 12h50 de quinta-feira, 18/11, para acréscimo de informações

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