
25 de setembro de 2012 | 10h43
Desde o início do ano, mês sim e mês também o mundo se depara com mais uma novidade no ensino on-line superior. Em abril, as universidades de Stanford, Princeton, Michigan e Pennsylvania anunciaram que passariam a oferecer cursos virtuais e gratuitos em inglês para qualquer interessado por uma plataforma comum, o Coursera. Em maio, foi a vez de Harvard e MIT lançarem juntos o edX.
O que se viu a partir disso foi uma sequência de anúncios de adesão de outras universidades e muita repercussão, via redes sociais, de alunos de todo o mundo animados com a possibilidade de assistir às aulas de instituições renomadas sem sair de casa e sem pagar um centavo.
As ferramentas de comunicação e informação que permitiram a disseminação dos Mooc (cursos on-line, gratuitos e em grande escala, em inglês), também têm ajudado instituições brasileiras a experimentarem modelos de educação a distância. Apesar de toda a empolgação, o assunto é polêmico.
Para discutir os prós e os contras do ensino on-line, o Porvir convidou Waldomiro Loyolla, coordenador acadêmico do Programa Univesp, Edilene A. Ropoli, analista de suporte computacional da Unicamp e Rodrigo Scama, coordenador do programa de ensino a distância das faculdades Opet e aluno do Coursera. E compilou as opiniões dadas por Paulo Blikstein, professor da School of Education, sobre os Mooc durante entrevista concedida para o portal no mês passado sobre tecnologias na educação.
Entre as vantagens citadas pelos especialistas estão a possibilidade de assistir aula a qualquer hora e de qualquer lugar, de transformar tudo que o aluno faz em estatística, além de uma maior facilidade para capacitar professores. Por outro lado, persiste a dúvida do quanto essas iniciativas são sustentáveis e se elas trazem equidade ao acesso ao ensino superior de qualidade ou se acabam reforçando desigualdades que já existem.
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