Os professores e profissionais da educação da rede municipal de São Paulo convocaram paralisação para os dias 28, 29 e 30 deste mês, como parte da campanha salarial da categoria, que reivindica um piso salarial equivalente a três mínimos, ou R$ 720. A paralisação foi decidida em assembléia, na quinta-feira, em frente à sede da Prefeitura de São Paulo, no centro da cidade. Cerca de 7 mil pessoas participaram da manifestação, sob chuva. O presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), Cláudio Fonseca, reuniu-se com uma comissão da Prefeitura e obteve uma proposta de reajuste de 1,5% para os professores e reajuste zero para o chamado ?quadro de apoio? ? profissionais da área não diretamente ligados ao ensino, como administrativo, merenda, segurança, limpeza, entre outros. A proposta foi recusada por unanimidade na assembléia. A idéia do sindicato, que representa 70 mil profissionais do ensino municipal e tem 40 mil filiados, é realizar nova assembléia no dia 30. Além do piso de três salários mínimos, a pauta dos professores inclui a regulamentação imediata da evolução funcional do quadro de apoio ? um direito obtido pela categoria e ainda não regulamentado, que garante ganhos salariais de acordo com o tempo de serviço, produtividade, cursos e títulos. Eles querem também o pagamento de precatórios alimentares e ampliação dos direitos funcionais da carreira, entre outros itens. Durante o protesto, os professores criticaram a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, que estaria fazendo campanhas publicitárias em cima da construção dos Centros Educacionais Unificados (CEUs), deixando outras escolas municipais de lado.