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Professores estaduais da Bahia param aulas por falta de negociação com o governo

Uma nova paralisação está marcada para a próxima semana; retorno da greve ainda não está definido

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Por Redação
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Os professores da rede pública de ensino da Bahia suspenderam as atividades na manhã desta sexta-feira, 28, para protestar contra o não cumprimento da Lei do Piso e pela falta de negociação do governo do Estado após o fim da greve dos docentes em agosto. "O governo disse que sentaria conosco após o fim da greve e até agora isso não aconteceu", diz Rui Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB). Segundo o presidente, cerca de 800 pessoas participam de um debate sobre a reforma do ensino médio ao longo desta sexta-feira. Oliveira afirma ainda que outra paralisação da categoria está prevista para a próxima quarta-feira, 3. Na ocasião, será realizada uma manifestação na Praça da Piedade, zona central de Salvador. Questionado sobre um possível retorno da greve, o presidente do sindicato informou que uma assembleia está prevista para o fim de outubro para a discussão da questão. A reportagem não conseguiu contatar a Secretaria de Educação do Estado da Bahia. Greve A paralisação dos professores da rede estadual da Bahia durou 115 dias e terminou sem que as lideranças grevistas tivessem fechado um acordo com o Estado. Na época, Rui Oliveira, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, afirmou que uma nova assembleia seria realizada em  setembro e que a greve poderia ser retomada. Os professores reivindicam reajuste salarial linear de 22,22% para toda a categoria, mesmo índice concedido pelo governo aos docentes sem nível superior, para que fossem enquadrados no novo piso nacional. Aos demais, a administração pública ofereceu 6,5% de aumento - o mesmo recebido pelo restante do funcionalismo público estadual - e duas progressões de carreira, em novembro e em março, mediante participação dos professores em cursos de qualificação. Com os avanços, segundo o governo, os reajustes chegariam de 22% a 25%.

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